O Governo de Alagoas e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) apresentam nesta quinta-feira (8), no Palácio República dos Palmares, o projeto de instalação da Unidade de Pesquisa Agroalimentar de Alagoas.
Resultado dos esforços do governador Renan Filho junto ao governo federal, a instalação da unidade de pesquisa no Estado deverá alavancar o desenvolvimento da agricultura alagoana, aproximando o setor aos setores do turismo e gastronomia.
A instalação da unidade de pesquisa em Alagoas foi reivindicada pelo governador Renan Filho em 2015 e aprovada pelo governo federal em fevereiro de 2016. No mesmo mês, uma comissão de pesquisadores da Embrapa foi enviada ao Estado para realizar um estudo sobre as potencialidades a serem exploradas pela empresa. Uma das premissas adotadas pela comissão foi a tendência de mercado global, observada nas cinco maiores economias do mundo, com a demanda por alimentos funcionais, ou seja, aqueles enriquecidos com aditivos – como vitaminas, fibras e minerais dietéticos – que contribuem para a manutenção da saúde e a redução de risco de doenças.
De acordo com o secretário Agricultura, Pecuária, Pesca e Aquicultura, Antônio Santiago, a ideia é tornar o Estado um polo de desenvolvimento tecnológico a partir de um centro de excelência em pesquisa.
“A unidade da Embrapa em Alagoas terá uma visão diferente das demais instaladas no país. Ela vai identificar produções territoriais como a pimenta vermelha, a mandioca e a própolis vermelha e agregar valor a essas produções com um elo com o turismo e a gastronomia, atividades onde o Estado de Alagoas já tem bastante destaque. A cana de açúcar não ficará de fora. Vamos desenvolver novos produtores a partir dela, como o plástico verde, aumentando o leque de alternativas para o setor”, explicou o secretário.
Entre os produtos identificados em Alagoas pela comissão da Embrapa durante esse estudo está a fécula da mandioca, um carboidrato sem glúten que pode atender a mercados da América do Norte e Europa, além da água e a carne de coco, extremamente nutritivos e que se configuram como isotônicos naturais, também com mercado garantido.
“O projeto da Embrapa em Alagoas vai trabalhar principalmente a questão da melhoria da nutrição humana a partir de alimentos diferenciados, com teores maiores de proteína, por exemplo, associado à força do turismo. Teremos aqui uma equipe de pesquisadores que vai gerar conhecimento no Estado, atendendo às demandas dos nossos agricultores, auxiliando a agroindústria e as universidades e contribuindo imensamente para o desenvolvimento de Alagoas”, disse Santiago.
Atualmente, a Embrapa opera em Alagoas a partir de uma unidade de Execução e Pesquisa (UPE) vinculada à Embrapa Tabuleiros Costeiros, com sede em Sergipe. “Essa UEP exerce um trabalho muito importante, mas sua área de atuação só vai até o município de Palmeira dos Índios. Com a unidade de pesquisa, vamos abranger todo o Estado, desde o Baixo São Francisco até o Litoral Norte, passando pelo Sertão, Agreste e Zona da Mata”, comemorou o secretário de Agricultura.
A apresentação do projeto de instalação acontece a partir das 10h desta quinta-feira (8), no auditório Aqualtune, no Palácio República dos Palmares. Ela será conduzida pelo pesquisador da Embrapa em Brasília João Flávio Veloso, responsável pelo gerenciamento dos estudos feitos em Alagoas.