Instituto Biota de Conservação informou, na tarde desta quinta-feira (25), que subiu para 70 o número de caixas de “couro” encontradas por todo o Litoral Norte de Alagoas O objeto, localizado inicialmente por pescadores da região de Ipioca, vem chamando a atenção de populares e sendo acompanhado de perto por biólogos. De acordo com o coordenador da instituição, Bruno Stefani, o material encontrado no litoral é de estrutura elástica e, até o momento, de origem desconhecida.
“É um material bem resistente e altamente elástico, além de apresentar um mal cheiro. Porém, não podemos diagnosticar se é de origem animal. Em uma análise inicial, parece ser um produto sintético, já que couro não esticaria tanto assim”, apontou ele, acrescentando que o material também é resistente a cortes de faca.
Ainda de acordo com Stefani, peças semelhantes foram encontradas em diversos pontos do litoral alagoano, como em Maceió, Japaratinga, Feliz Deserto, Maragogi, Paripueira, Roteiro, Coruripe, Marechal Deodoro e Barra de Santo Antônio – neste último, por exemplo, foram recolhidas cerca de 13 caixas.
Os materiais foram levados para a sede do Biota para a realização dos procedimentos cabíveis. Na noite desta quinta-feira (25), o Instituto do Meio Ambiente (IMA) informou que o material começará a ser analisado a partir desta sexta-feira (26) e, após identificação, será encaminhado para o aterro sanitário. O instituto acrescentou que um material com as mesmas características já foi encontrado no Ceará.
Em nota, a Capitania dos Portos de Alagoas afirmou que não há registros de naufrágios ou qualquer tipo de sinistro de embarcações em Alagoas que possa ser a origem do material encontrado.
Já são 70 caixas de couro encontradas no Litoral Norte de Alagoas
Objeto vem chamando a atenção de populares e sendo acompanhado de perto pelo Biota
DEBATE NAS REDES
O fato chamou atenção no perfil da Gazetaweb no Instagram e gerou brincadeiras, já que o objeto se espalhou por várias praias, atraindo, inclusive, a curiosidade de banhistas e turistas. Conforme uma internauta, as caixas recolhidas se tratam de lixeiras públicas. “Deve ser lixeira para o pessoal colocar o lixo dentro e entender que praia não é lixão”, ironizou
Ainda de acordo com outra internauta, o material pertence a Dom Sabino, personagem da novela da Globo ‘O tempo não para’. Interpretado pelo ator Edson Celulari, Sabino, que acabou congelado após um acidente no mar no século 19, foi localizado “recentemente” por banhistas boiando em uma praia do Rio de Janeiro.
“Deve ser coisa de Dom Sabino. Melhor devolver logo para ele. Assim, Marocas [filha] não casa com aquele sujeito [Emílio]. Só acho”, brincou.