Notícias

Morre o historiador Dirceu Lindoso aos 87; governador lamenta e destaca o legado

Dirceu Acioli Lindoso estava internado desde a quarta-feira (9) com rebaixamento do nível de consciência e histórico de microangiopatia cerebral
Texto de Severino Carvalho

Morreu na madrugada desta terça-feira (15), no Hospital Geral do Estado (HGE), em Maceió, o historiador Dirceu Acioli Lindoso, aos 87 anos. Ele estava internado desde a quarta-feira (9) com rebaixamento do nível de consciência e histórico de microangiopatia cerebral. Com um aneurisma extenso, foi levado para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI), onde permaneceu entubado sob os cuidados da equipe multidisciplinar, mas não resistiu.

De acordo com o HGE, o corpo foi levado ao Serviço de Verificação de Óbito (SVO), da Universidade de Ciências da Saúde de Alagoas (Uncisal), responsável pela emissão da certidão de óbito, que apontará oficialmente a causa da morte. O velório acontece na Casa Jorge de Lima, sede da Academia Alagoana de Letras, na Praça Sinimbu, e o sepultamento ocorrerá às 10 horas desta quarta-feira (16), no Cemitério da Piedade, no bairro Prado, em Maceió.

O governador de Alagoas, Renan Filho, lamentou a morte de Dirceu Lindoso e destacou o legado do intelectual alagoano.

“Dirceu descreveu Alagoas, as nossas origens, o nosso povo, como poucos. Foi e continuará sendo, através de suas obras, uma das maiores referências nos campos da historiografia, da antropologia e da sociologia”, disse Renan Filho.

Diretor-presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Alagoas (Fapeal), o professor Fábio Guedes também lamentou a morte do historiador. Doutor Honoris Causa pela Universidade Federal de Alagoas (UFAL) e pela Universidade Estadual de Alagoas (UNEAL), Lindoso era natural de Maragogi, no Litoral Norte do Estado.

“Lindoso deixou uma vasta produção científica e literária, contribuiu com a formação crítica de muitos e tornou-se referência nos estudos quilombolas, indígenas e sobre a formação social alagoana”, citou o presidente da Fapeal.

Dentre as principais obras de Lindoso, citadas por Guedes, estão: “A utopia armada: rebeliões de pobres nas matas do Tombo Real, 1832-1850” (Paz e Terra, 1983), “Formação de Alagoas Boreal” (Catavento, 2000), “A Razão Quilombola: estudos em torno de conceito quilombola de nação etnográfica” (EDUFAL, 2011), “O Grande Sertão: os currais de boi e os índios do corso” (Fundação Astrojildo Pereira, 2011), “O Poder Quilombola: a comunidade mocambeira e a organização social quilombola” (EDUFAL, 2007).

“Perdemos muito com a morte de Dirceu Lindoso, um atento pesquisador da formação política e social de nosso estado. Seu texto criterioso alia-se a uma forma agradável e, ao mesmo tempo, erudita, de narrar alguns dos principais fatos da história de Alagoas. Dirceu fará falta”, acrescentou a museóloga Cármen Lúcia Dantas.

Artigos relacionados
Notícias

Cresce em 9% o número de turistas internacionais que vêm passar a virada do ano no Brasil

A quantidade de turistas internacionais que compraram passagem para o Brasil para a semana de 25 a 31 de dezembro…
Notícias

MSC Grandiosa chega novamente a Maceió

O navio de cruzeiros é um dos maiores do mundo e Maceió tem sido um dos destinos turísticos procurados O…
Notícias

Aberta chamada pública para agências que desejam receber turistas chineses

As agências brasileiras de viagem interessadas em receber turistas chineses já podem se cadastrar junto ao Ministério do Turismo. O…

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *




Enter Captcha Here :