As melhorias na conectividade digital, desde 2012, em Portugal, geraram quase 50.000 empregos no turismo, uma proporção significativa face aos 250.000 empregos totais criados pelo turismo entre 2012 e 2018. Segundo o estudo da Oxford Economics, encomendado pela Google, há hoje oportunidades para criar 50.000 novos empregos em Portugal nos próximos anos.
No entanto, indica o mesmo estudo, um “maior investimento na infraestrutura digital, competências digitais e maior atividade digital são fatores críticos de sucesso” para atingir os objetivos.
“Ainda existe uma oportunidade real de continuar a crescer o turismo português por meio do on-line. Isso pode incluir interações on-line aumentadas com potenciais viajantes por meio de canais preferidos de reservas e informações, além de maior alcance para novos mercados para Portugal e mais distante do país, como Estados Unidos, Brasil e China. As interações on-line podem estimular a procura e ajudar Portugal a ganhar participação de mercado dos concorrentes ”, explica David Goodger, Managing Director da divisão de Economia do Turismo da Oxford Economics.
Os impactos estimados sobre o emprego no estudo são totalmente consistentes com um adicional de 1,3 mil milhão de euros em gastos com turismo de acordo com a estratégia de turismo de Portugal, bem como com as expectativas da Oxford Economics em relação ao PIB e emprego e à pesquisa anual de impacto económico do
WTTC.
O estudo da Oxford Economics conclui que “a percentagem de receita gerada pelo setor de alojamentos através do comércio electrónico é maior do que na economia em geral na grande maioria da Europa. Essa importância é ainda maior em Portugal, onde cerca de 40% da rotatividade do setor de acomodações é contabilizada pelas vendas on-line através de sites de negócios e outras plataformas, incluindo OTAs, em comparação com apenas 18% em outros setores”.
O estudo refere, com base em análises feitas por outras entidades, que “a inovação com base em insights aumenta a produtividade – em geral, o aumento médio foi encontrado entre 5% e 13%, com impactos positivos na experiência dos consumidores”.
Não só as grandes empresas beneficiam de uma estratégia digital, mas, “com o fácil acesso e a proliferação de novas plataformas, as PME portuguesas podem facilmente competir com as empresas de maior dimensão continuando a integrar tecnologia no seu negócio e a proporcionar serviços adaptados aos seus consumidores”.
De acordo com o estudo da Oxford Economics, as empresas de turismo em Portugal ficaram abaixo da média da UE em várias medidas de adoção de TIC e o país foi classificado como o mais baixo em termos de empresas com sites (de acordo com a pesquisa da Comissão Europeia para o portal de Prestação de TIC e Suporte às Empresas de Turismo).
“As pequenas empresas são um motor essencial de inovação e crescimento da economia, e embora a Internet tenha criado muitas novas oportunidades, também introduziu uma complexidade que muitos proprietários não têm tempo para navegar — ainda que eles saibam que o sucesso depende de encontrarem novos clientes e mantê-los”, destaca José Maria Júdice, Industry Manager da Google para o turismo em Portugal.
Uma das várias recomendações da Google é a necessidade de “continuar a investir na criação das competências digitais e de analytics para aumentar a competitividade de Portugal enquanto destino turístico”.