ALAGOAS

Máscaras contaminadas são descartadas junto com lixo doméstico

Catadores de material reciclável e garis que trabalham na coleta de resíduo doméstico em Maceió, denunciaram que está havendo o descarte irregular de máscaras usadas em supermercados, farmácias e hotéis que hospedam profissionais da saúde, além dos condomínios.

Os trabalhadores relatam que a quantidade máscaras usadas aumenta a cada dia, jogadas na maioria dos casos junto com o resíduo comum. Outros separam em sacos plásticos, que são abertos pelo pessoal da reciclagem em busca de garrafas pet, ou qualquer material plástico.

Procuramos os serviços de vigilância sanitária de Maceió, que agradeceu a informação e a classificou como grave, já as máscaras usadas são potencialmente materiais contaminante do covid-19, por conter saliva e líquidos exalados das pessoas que as usaram.

O chefe do serviço de vigilância sanitária de Maceió, Dr. Nelson, disse que o órgão iria tomar providencias para orientar os estabelecimentos para procurarem descartar o material de forma correta.

O presidente do Instituto do Meio Ambiente, Gustavo Lopes, ao tomar conhecimento da denuncia disse que o órgão vai realizar fiscalização, aos supermercados e farmácias e quem for flagrado jogando esse material contaminado junto com lixo doméstico ou comercial será enquadrado dentro da legislação ambiental.

Mesma categoria de lixo hospital

A princípio esse tipo de resíduos deveria ser recolhido da mesma foram como é realizado nos hospitais, com todos os cuidados adequados para evitar a proliferação da doença, já que os carros compactadores, que fazem o recolhimento percorrem toda cidade levando, com esse material possivelmente contaminado.

Os trabalhadores das empresas que fazem o recolhimento do lixo doméstico estão apreensivos e alguns que alegam que todos os dias encontram máscaras e luvas junto com resíduo comum, principalmente nos supermercados e farmácias e estão temerosos. Alguns simplesmente se recusam a pegar o material e deixam nas farmácias e supermercados, que começam a acumular esses resíduos.

Já os catadores, alegam que quando notam o material nos sacos, é tarde demais, pois eles colocam a mão dentro dos sacos, fazendo contato direto com máscaras e luvas.  Alguns catadores relataram que tem colegas, que estão doentes e foram encaminhados aos hospitais. Apuramos também que o mesmo fato ocorre em todas cidades de Alagoas.

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