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Seris monta hospital de campanha para reeducandos no sistema prisional

Desde o surgimento dos primeiros casos confirmados de covid-19 no país, a Secretaria da Ressocialização e Inclusão Social (Seris) estabeleceu uma série de ações preventivas para controlar a disseminação da doença entre os reeducandos do sistema prisional alagoano. Recentemente, a pasta montou um hospital de campanha dentro do complexo penitenciário de Maceió para atender os custodiados que estejam com suspeita ou contaminados pelo novo coronavírus.

O hospital está localizado no antigo Presídio Feminino Santa Luzia e conta com uma equipe formada por profissionais de saúde designados a atuar especificamente no local. Além desta medida, a Seris também vem distribuindo luvas, máscaras e álcool 70% para todos os servidores do sistema prisional. Todas as ações do plano de contingência elaborado pela pasta seguem orientações do Ministério da Saúde (MS), do Departamento Penitenciário Nacional (Depen) e da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau).

Os presos que chegam das carceragens da Polícia Civil passam pela porta de entrada do sistema prisional, ou seja, o Presídio de Segurança Máxima (PSM), onde são realizados testes rápidos para detecção de doenças como HIV, sífilis e hepatite B. Além disso, caso apresente algum sintoma do novo coronavírus durante o período de triagem – que compreende 30 dias –, o custodiado é transferido automaticamente para o hospital de campanha, onde passa a ser acompanhado pela equipe de saúde do local.

Outro meio de prevenção é a quarentena – que acontece no hospital de campanha e pelo período de 15 dias – dos reeducandos que necessitaram de atendimento médico em alguma unidade hospitalar também destinada a pacientes com covid-19, independentemente do motivo. “Se, durante esse período, não identificarmos nenhum sintoma, o custodiado é novamente avaliado por nossa equipe médica para, então, retornar à unidade prisional de origem”, destaca a gerente de Saúde da Seris, tenente PM Jacqueline Leandro.

O gerente do Comando de Operações Penitenciárias (COP), capitão PM Alucham Fonseca, por sua vez, reforça que a Seris tem adotado todas as medidas para manter o controle do sistema prisional. “Sabemos que o coronavírus é um problema mundial. Logo, estamos somando esforços para evitar novas infecções. Todos os servidores que atuam no hospital de campanha, por exemplo, dispõem dos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) indicados pelas organizações de saúde, como máscara (facial e de acrílico), capote, óculos, luvas e touca”, disse.

Além da assistência preventiva aos reeducandos, uma equipe multidisciplinar também foi montada para realizar a assistência psicossocial dos servidores penitenciários, permitindo-lhes enfrentar os desafios do coronavírus da melhor forma possível. “A partir dos primeiros sintomas apresentados pelos colaboradores, ainda que sejam apenas gripais, todos são orientados a cumprir o isolamento social por sete dias”, salienta a gerente de Saúde da Seris.

“No oitavo dia, a Seris realiza o teste rápido para confirmar ou descartar a ocorrência de coronavírus. Caso o resultado seja positivo, o servidor é direcionado para atendimento na rede de referência. Sendo negativo, os colaboradores cumprem mais sete dias de isolamento para se evitar qualquer risco de contágio”, concluiu a gestora, acrescentando que, durante o tempo do isolamento, uma psicóloga realiza o acompanhamento telepresencial do servidor que esteja com suspeita de covid-19, oferecendo-lhe o suporte psicológico necessário.

Já quando retorna ao serviço, depois de cumprir a quarentena, o colaborador tem sua condição avaliada pela equipe de saúde, que analisa se ele está fisicamente apto para o retorno.

Outras medidas

Além da entrega periódica de EPIs, outra vertente de combate ao coronavírus adotada pela Seris é a intensificação dos procedimentos de desinfecção no sistema prisional. Semanalmente, reeducandos que trabalham na oficina de saneantes produzem cerca de 300 litros de detergente, mil litros de desinfetante e 350 barras de sabão em pedra, além do cloro que é utilizado para limpeza de todas as unidades.

A produção de máscaras pelos reeducandos da oficina de corte e costura do Presídio do Agreste é outra importante medida. Toda a produção – já são mais de duas mil unidades confeccionadas diariamente – é destinada tanto para os servidores do sistema prisional, quanto para os reeducandos de Maceió e do interior do estado. O trabalho, inclusive, foi intensificado para também atender a demanda de unidades como o Hospital da Mulher e a Maternidade Santa Mônica, a quem a Seris já doou capotes usados pelos profissionais de saúde.    

Some-se a isso a implantação, prevista para os próximos dias, de barreira sanitária na portaria de acesso ao sistema prisional, com a Seris tendo adquirido dois termômetros digitais infravermelhos. Usado para a detecção de possíveis infecções, o material vai auxiliar os profissionais da Gerência de Saúde no combate ao coronavírus. O serviço de orientação e monitoramento vai abranger todas as pessoas com acesso autorizado ao complexo penitenciário, onde as equipes farão a medição da temperatura conforme protocolo de prevenção à Covid-19.

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