Governo Português liberou 250 milhões de ajuda a TAP, ao mesmo tempo que ministro das infraestruturas, Pedro Nuno Santos, anuncia demissões de trabalhadores, redução de rotas e aviões; uma decisão contrária a que planejava a gestão privada, que ao contrário, se comprometia em manter os empregos e a expansão da companhia. Com esse pagamento o Governo assume o comando da empresa, mas até o momento não anunciou o nome de quem vai administrar a TAP.
O anúncio das demissões foi realizado pelo ministro Nuno Santos hoje pela tarde, durante entrevista, depois de quase 15 dias de silêncio absoluto por parte do Governo, que ser recusava a comentar a situação com a imprensa. A liberação de 250 milhões é a primeira parte da ajuda prometida no acordo, com o acionista brasileiro/norte americano David Neeleman, que vendeu sua conta para o acionista português, Humberto Pedrosa, por exigência do Governo Português.
A segunda parcela da ajuda é de 950 milhões de euros e deve contar com a oficialização do Comitê financeiro europeu, perfazendo um total de 1.200 bilhões de euros, já que havia sido aprovado no mês passado.
A demora nas negociações causa prejuízos muito grande a empresa, que já perdeu rotas importantes para outras companhias aéreas europeias como a Lufthansa. A TAP é hoje a única grande companhia aérea ainda em solo na Europa.
Com relação as demissões, o ministro Nuno Santos, diz que é consequências das medidas de redução de rotas e aviões e que não teriam como manter os postos de trabalho.
Vale lembrar que o ex-presidente da TAP, Antonoaldo Neves, havia declarado em sessão da Assembleia da República, que a manutenção dos empregos era um compromisso da diretoria privada, se a ajuda financeira fosse realizada.
Segundo ele a empresa havia investido muitos recursos no treinamento do pessoal e que não pretendia abrir mão desse patrimônio humano da TAP.