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TAP faz mudanças no Conselho Administrativo, sai Humberto Pedrosa

Humberto Pedrosa, sai do Conselho, mas fica como acionista

Atendendo as exigência do plano de restruturação da TAP, o diretor do Grupo Barraqueiro, acionista e Humberto Pedrosa e seu filho David Pedrosa deixaram seu cargos no Conselho Administrativo da companhia aérea, sendo substituído por um outro diretor também ligado ao Grupo Barraqueiro, Silva Rodrigues e outra executiva integrantes do quadro funcional da TAP, Alexandra Margarita Vieira.

Humberto Pedrosa declarou que se mantém confiante na recuperação da TAP e está fazendo de tudo para contribuir para reorganização da empresa, dentro dos conceitos administrativos exigidos pelo Estado Português.

Humberto Pedrosa, dono do grupo Barraqueiro e vogal do conselho de administração da TAP SGPS, e o seu filho, David Pedrosa, vogal do conselho de administração e membro da comissão executiva, deixaram de ocupar cargos de gestão no grupo de aviação, tendo apresentado a sua renúncia aos cargos. José Manuel Silva Rodrigues, antigo presidente da Carris e ligado à Barraqueiro, entra como administrador, sem funções executivas.

A empresa enviou comunicado do grupo enviado ao regulador do mercado de capitais, a CMVM, a saída dos cargos “prende-se com eventuais implicações, em avaliação, nas actividades desenvolvidas pelo Grupo Barraqueiro, da prevista reorganização da participação accionista na TAP SGPS do Estado português”.

Atualmente o Grupo Barraqueiro possui 22,5% da TAP de forma indirecta através do consórcio Atlantic Gateway, mas ficará com uma participação directa quando for formalizada a compra dos 22,5% de David Neeleman (até aqui parceiro da Barraqueiro) por parte do Estado. Neste caso, para que a operação se concretize, falta ainda a “luz verde” da Autoridade da Concorrência.

Quem é o novo administrador

Silva Rodrigues disponível na AESE é actualmente quadro do Grupo Barraqueiro, assumindo as funções de administrador da Via Porto, a empresa que gere o Metro do Porto em regime de parceria público-privada (PPP).

Sua formação é economista e já foi administrador da CP, da Fertagus e presidente da Carris, Metro de Lisboa e Transtejo (as empresas estiveram agregadas). Acabou por sair da Carris, onde esteve dez anos, em 2013, no Governo PSD-CDS, na sequência do caso envolvendo contratos swap especulativos em empresas públicas. “A defesa da minha honra obriga-me a provar que a minha demissão é totalmente injusta e injustificada”, afirmou então o gestor num comunicado.

Alexandra Reis, segundo dados da TAP, assumiu as funções de chief procurement officer da empresa em 2016. Engenheira electrónica de formação, e detentora de um Master of Business Administration (MBA), trabalhou na PT, REN e NetJets.

A presidência executiva da TAP é agora assegurada, de forma interina, por Ramiro Sequeira, que substituiu Antonoaldo Neves no cargo.

Restruturação

A restruturação que ocorre atualmente na TAP tem o objetivo de reduzir o poder dos acionistas na gestão da empresa, função que deve ser realizado por executivos especializados no mercado da aviação civil. Está ação faz parte do plano estabelecido pela empresa de consultoria BCG, contratada pelos novos gestores da TAP.

Um banco de investimento também será contrato, que terá entre as suas missões a realização de um teste de mercado, procurando potenciais interessados em entrar na capital da transportadora aérea. Além disso, é necessário “apoio técnico especializado, dada a dimensão e complexidade do passivo e dos instrumentos de dívida nele incluídos”.

Prejuízo de 606 milhões de euros

A TAP já começou a receber parte dos 1.200 milhões de euros. Estimando-se que o grupo tenha já recebido mais de 500 milhões. Entre 17 de Julho e 31 e de Agosto, foram entregues três tranches, no valor global de 499 milhões de euros. A quarta tranche deverá ter sido entregue esta quarta-feira, prevendo-se outras três no final de Outubro, Novembro e Dezembro.

Por outro lado, essas tranches estão sujeitas “ao cumprimento de determinadas condições”. Neste caso, fonte oficial do Ministério das Finanças afirmou que essas condições estão relacionadas “com a adequação ao cenário subjacente à notificação do auxílio de Estado, que foi autorizado pela Comissão Europeia, e com a demonstração pela TAP das necessidades efectivas, de natureza operacional, as quais são escrutinadas pelo Estado previamente à emissão das respectivas autorizações”.


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