
“As empresas do turismo estão em grandes dificuldades e não têm capacidade para resistir a mais um período de encerramento. Muitas estão já em situação irrecuperável, de pré-falência e de despedimentos. Há áreas de atividade que nem chegaram a reabrir. Voltar a um estado de confinamento total é colocar o país em risco de bancarrota económica”, afirma Francisco Calheiros, presidente da Confederação do Turismo de Portugal (CTP), em comunicado levado a público na última segunda-feira.

A Confederação do Turismo de Portugal (CTP) considera que o regresso ao confinamento total, como o que o país viveu em março e abril, “terá efeitos dramáticos para a economia nacional e, em particular, para a atividade turística que vive uma das maiores crises de que há memória em Portugal”, declara ainda o presidente da CTP.
No comunicado a CTP reitera a sua preocupação com a crise de saúde pública vivida no país e apela ao Governo que reforce a capacidade de resposta do Serviço Nacional de Saúde (SNS) com mais recursos humanos e financeiros e que esteja particularmente atento aos grupos mais vulneráveis da população.
“Os surtos que dispararam em muitos lares e residências para seniores não podem repetir-se. O Estado tem de garantir proteção à população”, acrescenta Francisco Calheiros, defendendo que, em paralelo, é também “essencial aumentar a consciencialização das pessoas para o uso da máscara, para a higienização frequente das mãos e para o distanciamento social”.
Melhor destino do mundo
O alerta da CTP é dado em um momento em que Portugal conquista pela 26º vez consecutiva de Melhor Destino Turístico do Mundo pela Travel Word Awerds Travel Awards. Lisboa, Porto, Algarve e Açores estão entre os destinos vencedores. Entre as “estrelas” incluem-se ainda a TAP, os Passadiços do Paiva e o Dark Sky Alqueva.
O fechamento das fronteiras de Portugal para vários países, entre ele o Brasil, que é o terceiro maior polo emissor de turistas para aquele destino turístico está tendo efeitos devastadores para economia e principalmente para atividade hoteleira, bares e restaurantes que estão a beira da falência em massa, não só em Portugal, mas em toda Europa, que praticamente está entrando em lockdown.