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CVC promove venda porta a porta e disputa com a hotelaria com imóveis por temporada

Ano passado noticiamos com exclusividade as mudanças que a CVC Corp estava preparando para mudar a forma de relacionamento com seus clientes e principalmente com os parceiros, principalmente os hoteleiros. Na época representantes de entidades, como o presidente da ABIH, André Santos, chegaram a dar uma entrevista relatando da insatisfação dos empresários com relação a possibilidade da operadora entrar diretamente no mercado de hospedagem, através de uma plataforma de aluguel de imóveis por temporada, que hoje, segundo a própria ABIH nacional, leva mais de 8% de seu público.

Este percentual é de antes da pandemia, mas que segundo hoteleiros aumentou bastante e deve estar em torno de 20%, no momento. A insatisfação do presidente da ABIH de Alagoas, em abril de 2020 causou grande alvoroço, e agora os indicativos se concretizam como havíamos informado na época, através da prática do jornalismo independente e sério

Hoje a CVC Cop mostra a nova face da prática da comercialização dos produtos turísticos, buscando através das ferramentas digitais a venda direta ao cliente final e concorrendo com antigos parceiros como a hotelaria, transportadoras, seguros viagens e até cartões e créditos.

A busca é do lucro 100%, sem intermediários ou parceiros comissionados.

Buscamos ouvir empresários sérios do turismo em Alagoas e também Pernambuco, que reconhecem que a operadora está sendo voraz no objetivo de resultados positivos, já que a empresa vem sendo monitorada pelos investidores, diante dos problemas contábeis apresentados que apontaram, a princípio um pequeno prejuízo de R$ 200 milhões em uma primeira auditoria realizada, mas que pode ser a ponta de iceberg.

A CVC Corp também vem perdendo muito para plataformas digitais. Mas a situação se agravou bastante com a pandemia e a busca dos clientes e viajar sozinhos, através de compras diretas nos hotéis e Airbnb, que hoje é considerado uma grande ameaça à hotelaria que gera milhares de empregos e contribui com milhões em impostos.

A CVC  a partir dai decidiu pela reengenharia de todo seu processo de vendas e enveredou pelo mesmo método tecnológico de vendas começando pelos aluguéis de imóveis e agora com o credenciamento de “vendedores ambulantes” porta a porta de todos seus produtos, mas sem sua marca exposto. Para isso usa outra empresa e evita assim um embate direto com as lojas credenciadas que ainda resistem nas praças vendendo os produtos CVC.

Ficamos satisfeitos com o cumprimento de nossa missão de jornalista, em informar a realidade do mercado, sem medo e sem subserviência, independente e com seriedade. E como diz o ditado popular “por falta de aviso não foi”.

O programa para agentes de viagens independentes, prometido por Andrade em entrevistas à PANROTAS em 2020, visa dar uma estrutura para os consultores e agentes de viagens independentes venderem os produtos CVC Corp a seus clientes. O crescimento desses consultores já era tendência pré-pandemia, mas a crise, com demissões e enxugamento de empresas, acelerou a entrada de mais players neste segmento. O programa terá uma marca própria e não usará a marca CVC.

A CVC Corp promete lançar esse produto ainda este ano, embaixo do guarda-chuva da RexturAdvance, a divisão B2B do grupo.

O programa Agente Autônomo de Turismo terá app próprio, será todo digital e terá acesso a todos os produtos CVC. Segundo Andrade, o produto é complementar e não concorre com o modelo de franquias. “Temos a melhor distribuição física, com nossas lojas, temos OTA, onde ainda não somos relevantes, e agora apostamos nesse modelo, em que esses especialistas vão ao cliente, como ocorre nas indústrias de cosméticos e financeira, por exemplo”, explicou.

O agente autônomo também não terá a mesma comissão ou remuneração que o franqueado CVC, que tem um custo e investimentos maiores que um profissional independente.

“O agente autônomo terá remuneração bem menor, mas é destinado a pessoas que terão menos horas de trabalho e mais liberdade”, disse Leonel Andrade. “No mundo inteiro o negócio de agentes de Turismo é forte. Já vimos essa transformação em outros setores, como o mercado financeiro, na distribuição de ativos e passivos. Ou nos cosméticos. Nada disso invalidou as lojas físicas. Se não fizermos, alguém vai fazer. Temos escala, conhecimento do negócio, relacionamento…todo mundo está torcendo para que a gente faça isso. É complementar, sem dúvida nenhuma. Nosso franqueado continuará sendo nosso principal canal de distribuição, que tem nossa marca. Os agentes autônomos não trabalharão com essa marca”, finalizou.

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