Em Portugal o Governo recomenda a vacina AztraZeneca apenas para pessoas acima de 60 anos de idade e em outras países existe restrições com relação da idade para este imunizante por uma questão de segurança como por exemplo na Inglaterra somente a partir dos 30 anos, 55 anos na França, Bélgica e Canadá, 60 anos na Alemanha, Itália e nos Países Baixos ou 65 anos na Suécia e na Finlândia.
Estas decisões surgem na sequência do anúncio da Agência Europeia do Medicamento (EMA), que assumiu ontem a existência de uma ligação ente a vacina e a formação de coágulos sanguíneos em pessoas com menos de 60 anos.
Ainda assim, o regulador europeu considera que os benefícios são superiores aos riscos e continua a recomendar a vacina para todos, sem qualquer limitação.
Apesar deste parecer positivo, vários países da União Europeia estão a alterar os grupos a quem é administrada esta vacina.
A diretora de saúde de Portugal apelou ainda às pessoas que já receberam a primeira dose da vacina para que se “mantenham tranquilas”, uma vez que as reações adversas que foram notificadas são “extremamente raras”.
“No entanto, nos 7 a 14 dias após a administração da vacina, devem estar atentas a sintomas como dores de cabeça persistentes, hematomas, manchas vermelhas na pele e sintomias semelhantes a um a AVC. Nestes casos, devem contactar de imediato o médico”, referiu a responsável da DGS.
Em relação à toma da segunda dose da vacina da AstraZeneca, a diretora-geral considerou que quem já recebeu a primeira toma deve manter-se também “calmo e confiante”.
“Entre a primeira e a segunda dose, decorrem cerca de três meses. Esta vacina tem um intervalo entre doses que é grande. Nestes três meses vamos ter informação adicional, quer da firma produtora, quer da Agência Europeia do Medicamento (EMA), e agiremos em conformidade”, assegurou Graça Freitas.
O coordenador da task force para a vacinação anunciou ainda que a vacinação de docentes e não docentes será adiada uma semana, isto é, em vez de decorrer este fim de semana, como estava previsto, realizar-se-á no próximo fim de semana.
“Vamos adiar uma semana a vacinação dos docentes e não docentes, que serão vacinados não neste fim de semana, mas no outro, com as vacinas que forem apropriadas, seguindo a recomendação que acabou de ser emitida”, disse o vice-almirante Henrique Gouveia e Melo, acrescentando: “Não vai haver nenhum impacto além disto. As vacinas são suficientes para continuarmos o nosso plano”.
Em Portugal registaram-se apenas dois casos de eventos tromboembólicos depois da vacinação, um deles após a vacina da AstraZeneca e outro depois de outra vacina. Nenhum dos casos resultou em morte.
O anúncio foi feito pelo presidente do Infarmed, Rui Ivo, que explicou também que estes casos podem relacionar-se com os que ocorreram noutros países da Europa, mas não são exatamente iguais.
Estas decisões surgem na sequência do anúncio da Agência Europeia do Medicamento (EMA), que assumiu ontem a existência de uma ligação ente a vacina e a formação de coágulos sanguíneos em pessoas com menos de 60 anos.
Ainda assim, o regulador europeu considera que os benefícios são superiores aos riscos e continua a recomendar a vacina para todos, sem qualquer limitação.