Para o presidente da Maceió Convention, Glênio Cedrim, 2021 será o ano do turismo doméstico com a retomada das atividades para o segundo semestre, quando boa parte da população brasileira estará vacinada. Contudo, segundo ainda ele, os empresários terão que lidar com a nova realidade imposta pela pandemia, que exige o uso de ferramentas digitais, em todos os sentidos, com objetivo de ser rápido, direto, com grande alcance e sem contatos físicos.
Glênio Cedrim disse que acredita que haverá uma grande procura por viagens devido a uma demanda reprimida e porque os instrumentos de vendas digitais se multiplicaram, criando uma nova figura no mercado de vendas, que é o “vendedor porta a porta digital”. Com a criação de plataformas que transformam pessoas em “agentes de viagens”, haverá um aumento substancial nas vendas, na maioria direcionada a nichos de mercado.
As grandes operadoras como a CVC estão investindo em plataforma neste sentido, assim como a P2D, do ex-presidente da TAP, Antonoaldo Neves e a ex-presidente da Embratur, Janine Pires, que são exemplo de que o perfil do mercado de turismo está mudando. Tanto assim que as lojas físicas das operadoras estão sendo desativadas, embora, segundo ainda Glênio, a existência delas tenham um efeito importante no marketing presencial das marcas.
O presidente do Maceió Convention ressalta que o investimento em publicidade digital tem um custo alto e que será preciso muita criatividade na produção de conteúdo, realizado por profissionais de comunicação com credibilidade e com poder de indução de vendas.
Glênio Cedrim declarou que para se ter transparência e confiabilidade dos produtos é preciso transparência no sistema digital de vendas e defendeu a existência dos sistemas de interação dos clientes com as plataformas de vendas, onde eles podem elogiar ou criticar. “Isto é importantíssimo para o setor que ganhar transparência e estabelecer um ranking, onde os produtos oferecidos são avaliados”, declarou ele .
Quando começa o movimento
O presidente do Maceió Convention disse que as estimativas são de que a retomada começa de forma lenta e gradual a partir do final de maio, com a volta de alguns voos da Gol e meados de junho com os voos da Azul alinhados com os efeitos graduais da vacinação e dando um norte ara que em julho/ agosto voltaremos a uma normalidade do fluxo do turismo nacional que é o nosso principal mercado comprador.
Glênio lembrou que o trimestre, abril, maio e junho sempre foi de baixa estação. “É o período de chuvas e as pessoas estão no ritmo de trabalho, enquanto julho é um mês de férias”, destaca ele. “Com o avanço da vacinação surge o sentimento de segurança em viajar”, declarou ele.
Já para o fluxo internacional de turistas, Glênio Cedrim acredita que será retomado aos poucos de acordo com a credibilidade no sistema de vacinação brasileira que é referência no mundo, mas ressaltou que é preciso também uma mudança de comportamento das autoridades brasileiras, no apoio às medidas de controle da pandemia.
Segundo ainda ele, o mercado na América Latina com certeza voltará ainda este ano, já que o Nordeste brasileiros oferece uma boa opção para o mercado argentino e chileno, com bons hotéis e um câmbio mais convidativo, que os destinos turísticos no Caribe.
Com relação aos voos da TAP entre Lisboa e Maceió, deverá haver um grande trabalho de marketing na Europa, no sentido de trabalhar a imagem de “destino seguro” em todos os sentidos. Entretanto ressalta que este ano será um período de recomposição da imagem do Brasil no cenário internacional, mas com certeza é um mercado que tem um grande potencial para Alagoas.