O Governo da Inglaterra aboliu todas as restrições de controle da pandemia como o uso de máscara em espaços públicos fechados e o distanciamento social vão deixar de ser obrigatórios por lei, afirmou hoje o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, ao anunciar uma “nova abordagem” ao combate à covid-19 que assenta na “decisão informada” das pessoas.
Apesar de o número de casos de covid-19 continuar a aumentar no país, o governante garantiu que a maioria das pessoas hospitalizadas não estava vacinada e que o número de mortes continua reduzido.
Boris Johnson confirmou também que as pessoas com vacinação completa deverão ser isentas de quarentena na chegada de países da “lista amarela”, como é o caso de Portugal, mas os detalhes só serão conhecidos no final da semana.
Estas regras serão aplicadas em Inglaterra, já que Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte têm autonomia para desenvolver os seus próprios planos de desconfinamento.
“Temos de contrabalançar os riscos da doença, que as vacinas reduziram, mas que não eliminaram, e os riscos de manter as restrições impostas por lei que inevitavelmente terão impacto na vida das pessoas, trabalhos e saúde e saúde mental”, justificou.
A partir de 19 de julho, o Governo vai adotar uma “nova abordagem”, em que se dá ênfase às recomendações sobre o comportamento, mas caberá às pessoas tomar uma “decisão informada”.
Dentro de duas semanas, atividades até agora proibidas, como discotecas, serão autorizadas a reabrir, e vão deixar de existir limites ao número de pessoas que se podem reunir ao ar livre (actualmente grupos de 30) ou em espaços fechados, como em casa ou em restaurantes (atualmente grupos de seis).
Entretanto, a vacinação vai ser acelerada, reduzindo o intervalo entre a primeira e a segunda toma de 12 para oito semanas e preparando um reforço no Outono para os maiores de 50 anos.