governo federal, por meio do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), realizou na última segunda-feira (12.07) um leilão para a concessão da Floresta Nacional de Canela, no Rio Grande do Sul. A iniciativa deverá resultar em investimentos de mais de R$ 90 milhões ao longo de 30 anos que impactarão diretamente no ecoturismo da região, além de gerar emprego e renda para a população local.
De acordo com o ministro do Turismo, Gilson Machado Neto, a ação vem para assegurar o desenvolvimento deste segmento no país, visto que a Flona de Canela será um destino muito procurado no pós-pandemia. “E mais uma vez, Turismo e Meio Ambiente caminhando juntos para o desenvolvimento econômico e sustentável do país. Não tenho dúvida de que este investimento será de suma importância para a retomada das atividades do nosso setor e, principalmente, na geração de emprego e renda para o Brasil”.
Com a realização do leilão, o próximo passo é verificar a habilitação técnica da proposta vencedora que, caso seja aprovada, permitirá a assinatura do contrato de concessão.
Localizada a 6,4 km do centro de Canela, a Flona tem uma área de 557 hectares, com altitudes que chegam a 840 metros, destacando-se como uma das áreas turísticas com maior potencial na principal rota turística do Sul do Brasil, a Serra Gaúcha. Anualmente, a floresta chega a receber mais de 2,5 milhões de visitantes.
O secretário de Áreas Protegidas do Ministério do Meio Ambiente, André Germanos, destacou a importância da concessão na aliança do desenvolvimento e da conservação ambiental. “Especialmente no entorno dos parques, a geração de emprego e renda acontece em vários níveis, desde grandes hotéis a pequenas pousadas, restaurantes, farmácias, guias, e ela faz com que toda a comunidade perceba a concessão e a unidade de conservação como um catalizador do seu crescimento pessoal, da sua melhoria de vida. Também faz com que as pessoas passem a olhar para a Floresta Nacional como um bem a ser protegido”, pontuou.
Além da Floresta Nacional de Canela, outras 17 unidades fazem parte do novo modelo de concessão de parques nacionais. O projeto tem como objetivo o desenvolvimento econômico em todas as regiões brasileiras por meio do estímulo ao ecoturismo em parques nacionais e outros tipos de unidades de conservação federais. Com o aprimoramento da experiência turística, são atraídos recursos para melhorar a infraestrutura e a conservação dos espaços. A expectativa é de que, com esta ação, haja um incremento de 30% no número de visitantes nos locais e uma ocupação hoteleira anual, em média, de 60%.
VISITAS TÉCNICAS – Desde o final do mês de junho, o Ministério do Turismo iniciou uma série de visitas técnicas para acompanhar a elaboração de estudos de viabilidade que vão subsidiar as concessões dessas unidades de conservação. A ação é fruto de uma parceria junto ao Ministério do Meio Ambiente, à Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) e ao Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). O primeiro destino foi o Parque Nacional da Serra da Bodoquena, em Bonito (MS), que atualmente não está estruturado para receber visitas, o que impede o aproveitamento do enorme potencial turístico do local.
Por Victor Maciel
Assessoria de Comunicação do Ministério do Turismo