ministro do Turismo, Gilson Machado Neto, participou nesta quinta-feira (05.08) de audiência pública da Comissão de Turismo da Câmara dos Deputados. Durante sua participação, detalhou ações do governo federal para ajudar o setor a sobreviver aos impactos da pandemia de coronavírus e solicitou que Legislativo e Executivo trabalhem juntos para alinhar medidas para diminuir os preços para o setor.
O ministro do Turismo agradeceu ao convite para participar da Comissão e elogiou o empenho dos parlamentares em buscar o fortalecimento do turismo no Brasil. “Eu sei que aqui nós temos uma só ideologia: a geração de emprego e renda pelo turismo no Brasil. Todos congregam aqui do mesmo pensamento, independentemente de partido político”, disse.
Machado Neto salientou as potencialidades do Brasil para o Turismo e a necessidade de o brasileiro defender o País para o resto do mundo, especialmente contra informações equivocadas. “No exterior, muitos pensam que o Brasil acabou, que não existe mais Amazônia, tamanha é a desinformação”, disse, relembrando sua fala veemente a favor do Brasil durante a reunião de ministros da Cultura do G20 realizada na semana passada em Roma, na Itália. “Estamos imbuídos em levar as informações corretas sobre o nosso país”.
O ministro falou também do enorme potencial do Brasil para o turismo de natureza, que será um dos grandes desejos dos viajantes nos próximos meses. “Nenhum país do mundo terá a retomada que o Brasil terá no pós-pandemia. Isso a gente tem visto com números”, disse. Além disso, explicou que, desde o início da pandemia, o Ministério do Turismo adotou ações para amparar o setor e preservar empregos.
“Nós focamos em três eixos na retomada: a manutenção de postos de trabalho, por meio da MP 936 que flexibilizou salários e jornadas de trabalho convertida em lei posteriormente; a defesa do consumidor, com a campanha ´Não Cancele, Remarque´, para manter o fluxo de caixa das empresas; e a garantia do crédito, com aporte de R$ 5 bilhões por meio do Fungetur e a destinação de R$ 3 bilhões para Cultura por meio da Lei Aldir Blanc”, explicou.
Outras ações do MTur destacadas durante a audiência pública foram a criação do Selo Turismo Responsável, a entrega de 980 obras em 2020 por todo o Brasil, a recuperação do patrimônio histórico e cultural do país por meio do Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) e a qualificação dos empregados do setor por meio de cursos oferecidos pelo Ministério.
SETOR AÉREO – O ministro Gilson Machado Neto pediu, durante sua exposição, um trabalho integrado da Câmara dos Deputados com o Ministério do Turismo para traçar ações para diminuir os custos de viagens no Brasil. “Nós temos aqui que criar alguma medida em conjunto entre o Ministério e esta Casa, para diminuir os preços das passagens aéreas”, afirmou.
Para ele, as tarifas aéreas são os maiores obstáculos ao crescimento do turismo no Brasil. “Nós temos gargalos, que identificamos junto com o Ministério da Infraestrutura, com a Casa Civil e um grupo de trabalho com as companhias aéreas e a Abear (Associação Brasileira das Empresas Aéreas). Os preços das passagens aéreas são nosso maior problema no turismo”, disse.
CPI – Machado Neto citou, ainda, que 32% do custo da passagem de avião vem do combustível e que no mundo a média de lucro das empresas é de 7%. No Brasil é de 30%. Além disso, o ministro exemplificou o tipo de querosene utilizado no nosso país, que é mais caro. “As companhias aéreas não veem o Brasil como um ambiente favorável para negócios”, comentou, sugerindo a criação de uma CPI para a investigação do preço das passagens de avião. “A gente tem que lutar pela diminuição dos custos, pela flexibilização de coisas que atrapalham o turismo”.
Por Rafael Brais
Assessoria de comunicação do Ministério do Turismo
FOTO: ROBERTO CASTRO/MTUR