A diretora de Marketing da TAP, Paula Canadá disse que a empresa vem retomando os voos aos poucos e que já está com 80% com 52 voos semanais para o Brasil e com a garantia da manutenção das novas rotas para Maceió e Belém do Pará.
As declarações da executiva foram realizadas ontem durante o Seminário Luso/Brasileiro, de forma virtual e que reuniu executivos dos segmentos da aviação civil, hotelaria e agentes de viagens, além de plataformas digitais.
Paula Canadá disse que o período da pandemia foi um “verdadeiro calvário” para a TAP, mas a empresa está a se recuperar. Contudo, segundo ainda a executiva, o destino Brasil está sendo pouco procurado pelos europeus necessitando da realização de uma campanha de marketing para motivar as vendas.
Azul
Outro representante de companhia aérea que participou do Seminário Luso/Brasileiro, foi o diretor de relações institucionais da Azul, Marcelo Bento. Segundo ele, também no Brasil, a aviação passou por um “calvário”, mas que já passou o pior que tem muito ainda a ser feito, mesmo a empresa já ter superado os resultados do ano passado.
Entretanto, as perspectivas para este ano são muito boas e que a temporada de janeiro foi excelente. “De setembro para cá temos registrado uma recuperação muito forte, mas estamos ainda recuperando a nossa malha aérea”, disse ele.
Marcelo Bento comemorou o fato da Azul já estar com 106% de sua capacidade de assentos doméstico em relação ao período anterior à pandemia e na alta temporada ( dezembro a fevereiro), segundo ainda ele a Azul vai ter 120% da ocupação de assentos domésticos em relação a 2019. “Essa será a maior temporada de verão da Azul”, declarou ele.
Segundo ele, todo este crescimento é consequência de um novo formato mais agressivo que modulou a frota, inovando e principalmente indo a lugares que hoje são novos destinos turísticos no Brasil.
Com relação às tarifas, Marcelo Bento, disse que as empresas estão se recuperando, mas existem condicionantes de custos como o combustível que onera os valores. “Os combustíveis representam 30% dos nossos custos e estão atrelados ao dólar, o que eleva as tarifas”, disse ele.
Marcelo Bento disse que a empresa está sentindo falta do turismo corporativo que ainda está trabalhando em home office e isto tem contribuído para o aumento dos custos, já que tem pouca demanda, mas acredita no retorno dos eventos para movimentar este público e assim melhorar os valores das tarifas.
Já no mercado internacional, “a Azul está sendo cautelosa, mas mantém os voos para Portugal que nunca deixou de atender e nos próximos dias vamos aumentar de 5 para 7 voos por semana. Para os Estados Unidos vamos ter 7 voos por semana”, disse ele.
Com relação à Argentina, a Azul só deve retornar no segundo trimestre do ano que vem, porque toda frota está focada no turismo doméstico.