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URGENTE – Países começam a fechar fronteiras com aumento da Ómicron

Do Canadá a Marrocos, da Irlanda a França, as restrições de viagens aumentam para conter a propagação da variante Ómicron da covid-19, enquanto os líderes europeus pedem para se acelerar a vacinação.

À medida que se aproxima a época festiva, a França restabelece a partir de Sábado a obrigação de justificar “razões imperiosas” para os viajantes provenientes e com destino ao Reino Unido, onde as infecções atingiram hoje um novo recorde, com 88.000 casos nas últimas 24 horas, avança a agência Lusa.

O surto, ligado à variante Ómicron, levou os britânicos a interromperem os planos de Natal, com festas de empresas e espectáculos no quarteirão de West End de Londres cancelados e planos de viagem para França anulados.

A Rainha Isabel II, de 95 anos, cancelou também a tradicional reunião familiar, que deveria ter tido a assistência de cerca de 50 pessoas na terça-feira no Castelo de Windsor.

A validade dos testes à saída do Reino Unido foi reduzida de 48 para 24 horas e foi também introduzido um sistema de isolamento à chegada a França, anunciou o governo francês, ao mesmo tempo que apelou a todos os viajantes para “adiarem a viagem” para o Reino Unido.

O objectivo destas restrições é “abrandar o máximo possível a chegada de casos da variante Ómicron a solo [francês], enquanto decorre a vacinação com doses de reforço”, segundo o porta-voz do governo, Gabriel Attal.

Em Bruxelas, a difícil tarefa de coordenação contra a propagação da nova variante esteve ontem no centro de uma cimeira de líderes da UE, uma vez que a Ómicron pode tornar-se dominante na Europa em meados de Janeiro, segundo a Comissão Europeia.

Alguns países como Portugal, Irlanda e Grécia já exigem aos viajantes europeus, mesmo aqueles que foram vacinados, a apresentação de um teste negativo para entrar no território.

“A extensão da vacinação a todos e a administração de doses de reforço são cruciais e urgentes”, disseram os líderes.

Por seu lado, o primeiro-ministro grego, Kyriakos Mitsotakis, disse que “esta é uma corrida contra o tempo”, numa altura em que 67% da população europeia está totalmente vacinada, mas a taxa é inferior a 50% em três países (Bulgária, Roménia e Eslováquia).

A notícia da agência Lusa destaca ainda a questão da vacinação obrigatória, que a Áustria e a Alemanha se preparam para impor.

A Dinamarca tornou-se ontem o primeiro país da União Europeia a autorizar o tratamento molnupiravir do laboratório norte-americano Merck para doentes em risco que apresentem sintomas.

Paralelamente, a Agência Europeia de Medicamentos (EMA) aprovou dois novos tratamentos contra a covid-19: a terapia com anticorpos monoclonais da GloxoSmithKline (GSK) e um medicamento imunossupressor já autorizado na UE para o tratamento de várias condições inflamatórias.

O tratamento da GSK “reduz significativamente” as admissões hospitalares de doentes em risco, segundo a EMA.

Já o tratamento Kineret da sueca Sobi pode “prevenir o desenvolvimento de insuficiência respiratória grave em doentes com covid-19”.

A agência aprovou também a pílula da Pfizer para utilização de emergência na UE, apesar de ainda não ter recebido uma autorização completa de comercialização.

Do outro lado do Atlântico, o Governo do Canadá advertiu na quarta-feira contra as viagens não essenciais ao estrangeiro e vai reforçar o controlo fronteiriço.

Marrocos também vai fechar em breve as fronteiras face à propagação “meteórica” da nova variante e ao aparecimento do primeiro caso de Ómicron no país.

As autoridades decidiram pôr fim, a partir de 23 de Dezembro, ao mecanismo criado para permitir que os marroquinos bloqueados no estrangeiro regressem ao país.

Na Rússia, os deputados aprovaram ontem uma emenda que torna obrigatória a apresentação de um passe sanitário para aceder a certos locais públicos.

A Coreia do Sul restabeleceu o horário de encerramento obrigatório para cafés, restaurantes, cinemas e outros locais públicos, e um limite de quatro pessoas para reuniões.

Apenas a China permanece calma, segundo a Lusa, que cita um relatório do governo que indica que foi atingido o total exacto de 100.000 doentes com covid-19 desde o início da pandemia.

(Notícia Lusa)

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