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Praias, cavernas, cachoeiras, floresta: a natureza dá show no Vale do Ribeira

O Vale do Ribeira é uma das regiões mais fascinantes do País. Fica no extremo sul do estado de São Paulo, na divisa com o Paraná. A principal reserva de Mata Atlântica do Brasil tem praias desertas, parques naturais, casario tombado, dunas, gastronomia peculiar, turismo de base comunitária e a segunda maior concentração nacional de cavernas. Tudo isso a duas horas, em média, da capital paulista.  

O projeto Vale do Futuro, do Governo do Estado de São Paulo, contempla 22 cidades do Ribeira, sendo três litorâneas: Iguape, Ilha Comprida e Cananéia. É onde ficam dois ícones ecológicos do Estado: o Lagamar e a Ilha do Cardoso. O objetivo do Vale do Futuro é garantir o desenvolvimento sustentável da região.  

Além de belas e preservadas praias, mangues, restingas e estuários, o litoral também tem história. Alguns estudiosos consideram Cananéia a primeira cidade do Brasil, com fundação oficial em 1531, cinco meses antes de outra paulista que leva o título, São Vicente. Apimentando o debate, no mapa aos pés do Padrão dos Descobrimentos, em Lisboa, capital portuguesa, há a indicação “1502, Cananea”, ao lado de “1500, Porto Seguro”, como únicas referências brasileiras. Bem mais recente, todo o centro da cidade é tombado, preservando rico casario de origem colonial, com destaque para a Avenida Beira Mar. 

Se as praias e a história surpreendem, na subida da Serra do Mar as florestas intocadas esbanjam vitalidade. Trata-se simplesmente do maior trecho preservado de Mata Atlântica do País, onde tudo é muito: água em abundância, cachoeiras e rios límpidos, flora variada, árvores de diversos tamanhos que preservam a umidade e garantem uma miríade de anfíbios, mamíferos, peixes e répteis. Trilhas ajudam na visita segura. 

Não bastasse tudo isso, o Ribeira é bonito até debaixo da terra. Centenas de cavernas fazem a alegria dos que buscam uma experiência ecológica diferente. Apenas no Parque Estadual Turístico do Alto Ribeira (Petar) são mais de 200 conhecidas. As de visitação permitida oferecem uma inesquecível aventura subterrânea. A Casa de Pedra, por exemplo, tem o maior pórtico (abertura ou boca) do mundo: 230 metros de altura. Para a segurança e o melhor aproveitamento da viagem, as visitas devem ser acompanhadas por guias locais.  

A exuberância e riqueza natural reflete nos moradores. Além da população das 22 cidades do Vale do Futuro, merecem atenção as comunidades tradicionais ou originárias, como indígenas e quilombolas – no Quilombo de Ivaporunduva, em Eldorado, por exemplo, moram 80 famílias. O chamado Turismo de Base Comunitária tem no Ribeira um vasto caminho para o desenvolvimento sustentável. 

A simbiose entre cultura, culinária, arte, religião e história, torna a viagem uma descoberta constante e ganha contornos em peças de artesanato em barro e palhas naturais, além dos sutis sabores dos produtos locais.

Foto: Divulgação

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