
Esta semana publicamos a denúncia realizada por um operário, trabalhador da Mineradora Vale Verde (MVV) de que o ambiente de trabalho é perigoso à saúde, devido a densidade da poeira produzida pelo processo de mineração para extração do cobre. O trabalhador relata em seu e-mail, enviando: “Sou o R. Não quero ser identificado. Se forem fazer qualquer matéria que envolva a MVV, especialmente se relacionar a poeira, favor informar q os empregados não recebem adicional de insalubridade. Se os moradores das comunidades ao entorno da MVV reclamam da poeira, imagina nós, da operação e do administrativo que ficamos sob esses materiais particulados horas ao dia e sem direito a adicional de insalubridade. Favor denunciar isso por nós. Já tentamos reclamar internamente na empresa e não deu em nada. Obrigado “R”. Vamos preservar o denunciante, já que o clima de pressão e o medo impera dentro da Mineradora Vale Verde, que também mantém a distância da imprensa, deixando de ser transparente quanto à atividade de mineração. A empresa, que vem sendo chamada de a “nova Braskem do Agreste”, mal iniciou suas perigosas atividades e já dar sinais das tragédias que trará para os moradores da região. Agora só resta ao Ministério Público do Trabalho investigar as denúncias. Quanto a nós da imprensa continuaremos denunciando as mazelas da prática danosa à vida e ao meio ambiente.
MVV/Nota
A Mineradora Vale Verde, através de sua assessoria de imprensa, nos enviou uma “nota”, em resposta à denúncia realizada pelo Operário da empresa, o Senhor R. A nota tenta explicar que a empresa prima pela segurança dos trabalhadores e destaca o uso de máscara, e outros equipamentos, mas não responde a principal indagação das vítimas da poeira quanto ao pagamento do adicional de insalubridade.
“Não tem poeira”
Na nota, a Mineradora alega que “não há caracterização de ambientes de trabalho insalubres, que seriam aqueles em que os EPIs não seriam suficientes para garantir condições de trabalho salubres. Adicionalmente, a MVV também possui o Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR), com base em um conjunto de normas, procedimentos e instruções técnicas estruturadas e aplicáveis às atividades executadas em nossas dependências”.
OAB/BRASKEM
A Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Alagoas (OAB/AL) vai atuar em defesa dos moradores atingidos pela ação de mineração na comunidade do Flexal, em Maceió. O presidente da instituição, Vagner Paes, participou da II Rodada de Conversa promovida pela Defensoria Pública de Alagoas e pela Prefeitura de Maceió e se colocou à disposição da população.
OAB/tomou as dores
“Se a Ordem, no passado, não tomou as dores de vocês, a partir de agora ela vai tomar. A Defensoria Pública não está mais sozinha. A Ordem vai caminhar ao lado da Defensoria Pública, lutando para que a Justiça seja feita para essas comunidades atingidas, que não estão sendo enxergadas devidamente como cidadãos e cidadãs de Direito”, afirmou Vagner Paes durante a audiência.
OAB/direito republicano
De acordo com o presidente da OAB/AL, é importante que soluções para o caso sejam construídas ouvindo a comunidade. “A autoridade em uma República é do povo. Ninguém, absolutamente ninguém, tem o direito de dizer como será resolvida a vida de vocês, a não ser vocês mesmo. Por isso que esse momento é importante. Para que vocês digam qual é a solução mais adequada”, frisou Vagner Paes.
OAB/Agreste
Enquanto a OAB Alagoas assume uma posição em favor da vítima da atividade de mineração da Braskem em Maceió, falta também que a Instituição olhe com carinho para as tragédias que podem ocorrer, consequências da atividade da exploração de cobre na região Agreste. Até agora somente a imprensa continua na trincheira de luta.
Tragédia anunciada
Os alertas realizados pela imprensa sobre o perigo que representa a atividade de mineração realizada pela Vale Verde no Agreste, têm sido dados, assim como foi quando a antiga “Salgema” na década de 80. Se algo tivesse sido feito naquela época, com certeza não estaríamos vivendo hoje a tragédia em Maceió.
Sombra da morte
Agora o perigo está no Agreste, onde a sombra da morte está presente com atividade de mineração. Uma gigantesca barragem foi construída e ficará completamente cheia de rejeitos, resultado do uso do processo químico para extração do cobre. O ar, a água e até mesmo os alimentos produzidos na região estão em perigo. O sinal amarelo está aceso.
Perigo/São Francisco
Um possível rompimento da barragem de rejeito de cobre no Agreste, ou até mesmo vazamento, coloca em risco todo abastecimento de água para quase um milhão de pessoas em Alagoas e Sergipe. Isto mesmo. O vazamento fará chegar o rejeito ao rio São Francisco, através das calhas do riachos temporários existentes.
IGPS/Piranhas
O Instituto de Gestão de Políticas Públicas (IGPS) realiza na próxima segunda-feira (21), em Pariconha, mais uma ação de saúde de exames oftalmologico para 50 crianças e adolescentes. O IGPS realiza também no mesmo dia em Piranhas ação de exames de ultrassom para 100 pessoas e na terça-feira (22) exames oftalmológico para 50 crianças e adolescentes.