O plenário da Assembleia Legislativa de Alagoas se encheu de cor e tradição, na manhã desta segunda-feira (23). A deputada estadual Fátima Canuto concedeu a Comenda Lêdo Ivo ao Mestre Edivar Vicente Feitosa, do Guerreiro Treme Terra Pilarense, durante Sessão Solene realizada nesta segunda-feira (23). Na oportunidade, também foi realizada uma Sessão Especial para debater o fortalecimento da cultura popular e da arte no nosso estado. A solenidade contou com a presença de autoridades, artesãos, representantes do segmento, além de uma palestra da presidente da Confederação Nacional dos Artesãos, Maria das Graças Reis.
“Foi um momento muito importante para a cultura popular alagoana, onde ouvimos as demandas dos artesãos e os representantes dos folguedos, e realizamos os devidos encaminhamentos. Na oportunidade, foi entregue a Comenda Lêdo Ivo, uma grande honraria concedida por esta casa legislativa, e não tem como falar em preservação da cultura sem citar o nosso querido Mestre Edivar Vicente, que resiste ao tempo e às mudanças, mantendo viva nossas tradições”, afirmou a parlamentar.
Representante nacional dos artesãos, a presidente da Conarte, Maria das Graças Reis, abordou os avanços que a categoria teve nos últimos anos, salientando as principais demandas da categoria. “Tenho que agradecer muito, na qualidade de liderança da categoria, o apoio da deputada Fátima Canuto pela oportunidade de participar de uma solenidade como essa, tão importante para o segmento. Quando esse apoio, essa valorização à arte e cultura, vem de um parlamentar, isso é muito importante. Tive a oportunidade de conhecer Alagoas, esse estado que cheira a cultura em todos os lugares”, disse a presidente.
Durante a oportunidade, foi realizada a outorga da Comenda Lêdo Ivo, uma das mais altas honrarias da Casa Tavares Bastos, ao Mestre Edivar Vicente Feitosa, do Guerreiro Treme Terra do Pilar. Durante discurso, a deputada Fátima Canuto ressaltou sua trajetória e seu legado na preservação das tradições alagoanas.
“Sem dúvidas, o Mestre Edivar é realmente um patrimônio cultural do nosso estado. Seu amor pelo folguedo é uma inspiração. Além de Mestre, ele confecciona as bandeirinhas que enfeitam os tradicionais chapéus em forma de catedral; toca pandeiro, sanfona e violão, mais uma herança que herdou do pai. Quando o assunto é guerreiro alagoano, ele valoriza a experiência dos mestres, mas também enxerga na juventude e nas novas gerações uma forma de não deixar o guerreiro acabar. E é assim que tem que ser. Precisamos manter viva a nossa cultura popular, a nossa tradição. Faz parte de quem nós somos, faz parte da nossa história”, disse.
Feira da diversidade
Após as solenidades, em parceria com a Focuarte, foi realizada a Feira da Diversidade, em frente à Assembleia Legislativa. O evento reuniu mais de 65 artesãos, que foram selecionados por curadoria que envolve artesanato e economia criativa. Além disso, a feira contou também com comidas típicas e apresentações culturais como Guerreiro Treme Terra Pilarense, Forró do Mestre Osano, Chegança Silva Jardim, Bumba Meu Boi Treme Terra, Sarau Literário com membros da UBE, entre outras manifestações artísticas.



