Um encontro iniciado, ontem, em Campo Grande (MS), com representantes do Paraguai, Argentina, Chile e Brasil discutirá a “Integração dos Municípios do Corredor Bioceânico”, uma rodovia extensa – 4.400 km – que prevê interligar os quatro países possibilitando, ainda, a redução do atual percurso em 2 mil quilômetros.
A iniciativa intergovernamental, em discussão até esta sexta-feira, garantirá a melhoria da mobilidade entre os países, do escoamento das produções, da infraestrutura logística, bem como deve resultar em um significativo aumento no fluxo de turistas, em especial neste momento de retomada das viagens internacionais por meio de roteiros regionais integrados.
“Essa iniciativa é extremante valiosa para o desenvolvimento da atividade turística em toda a região, pois estimula a estruturação de produtos turísticos integrados que poderão atrair, em especial, turistas de longas distâncias interessados em conhecer o destino América do Sul. Não podemos esquecer, ainda, do enorme ganho que termos com o desenvolvimento do turismo rodoviário, outra tendência importante para a retomada”, avaliou o ministro do Turismo, Carlos Brito.
A expectativa é que o Corredor Bioceânico estimule o fluxo turístico entre países vizinhos. Um exemplo deste potencial é que em 2019, dos 6,3 milhões de turistas estrangeiros que entraram no Brasil, 2,7 milhões vieram da Argentina (1.954.725), Paraguai (406.526) e Chile (391.689).
O desenvolvimento do Corredor possibilitará também a criação de um espaço permanente para a troca de informações, bem como ações de promoção em conjunto e o desenvolvimento de programas e experiências pelos países e que possam ser replicados. É o caso do Experiências do Brasil Rural, projeto para fomentar a estruturação do turismo no campo que está em sua segunda edição e é resultado de parceria com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e a Universidade Federal Fluminense (UFF).
DIAGNÓSTICO – Para apoiar o projeto, a equipe técnica do Ministério do Turismo, por meio da Secretaria Nacional de Atração de Investimentos e Parcerias (SNAIC), tem trabalhado para estruturação de Pontos de Apoio aos Viajantes (PAV) e Caravanismo, e isso passa por um detalhado diagnóstico das rodovias, das estradas vicinais e dos pontos de apoio.
Desta forma, será possível definir critérios e estratégias para o desenvolvimento de programa de investimentos e fomento permitindo uma experiência cada vez melhor para os viajantes, que através do Corredor conseguirão passar por paisagens exuberantes como o Pantanal Brasileiro, a região do Chaco Paraguaio, as Cordilheiras dos Andes e o Deserto do Atacama.
Foto: Flávio André