Estimada inicialmente em R$ 2 bilhões pelo Ministério do Turismo, a movimentação econômica das festas juninas pelo país cresceu 70% em novo levantamento realizado pela Pasta. Agora, a expectativa é que as festividades gerem mais de R$ 3,4 bilhões em retorno financeiro. Somente no estado da Bahia, por exemplo, são esperados mais de R$ 1,3 bilhões injetados na economia. Em Caruaru (PE) e Campina Grande (PB) algumas das festas mais tradicionais do país, a estimativa é de R$ 300 milhões e R$ 400 milhões, respectivamente.
Outra cidade pernambucana que está movimentando milhões é Petrolina. A expectativa é de R$ 273 milhões sejam injetados no município. Além disso, devem ser criados 10 mil empregos diretos e indiretos. Em Parintins (AM), a tradicional festa dos bois Garantido e Caprichoso espera circular R$ 100 milhões na economia local. E em São Paulo, são esperados R$ 641 milhões e a geração de 15.950 empregos.
Além da movimentação econômica, as festividades também lotam os meios de hospedagens em todo o Brasil. Nos principais destinos pernambucanos, a média de ocupação hoteleira ultrapassou os 90%, como é o caso de Caruaru (91,04%), Petrolina (90%), Taquaritinga do Norte (100%), Bezerros (95%) e Bonito (95%). Em Campina Grande (PB), os índices ultrapassam os 85% e em Salvador (BA), o número é acima dos 50%. Em São Luís (MA), a taxa de ocupação alcançou 62,67% em junho, melhor resultado de 2022.
Apesar do mês de junho ter acabado, as festas juninas continuam pelo país. Petrolina, em Pernambuco, celebra o São João de Petrolina, que começou em 20 e maio e segue até 30 de julho. Em Luziânia, no Goiás, o Arraiá do Tio João 2022 acontece entre os dias 8 e 10 de julho. A festa é um tradicional evento do movimento junino e tem como objetivo difundir a cultura popular por intermédio da gastronomia, grupos folclóricos, forró pé de serra, artesanato, decoração e literatura de cordel.
História
Trazidas ao Brasil pelos europeus no período colonial, as festas em homenagem aos santos Antônio, Pedro e João, realizadas no mês de junho, tornaram-se ícones da cultura nordestina, integrando a produção de comidas típicas, tradições religiosas e as danças embaladas pelo ritmo do forró. A riqueza cultural do evento é um dos fatores que levam os turistas a se renderem à festa que impulsionam a economia da região.