A Organização Mundial do Turismo (OMT) informou que o turismo internacional apresentou uma forte recuperação nos primeiros cinco meses do ano e contabilizou 250 milhões de chegadas, traduzindo uma subida de quase 225% face às 77 milhões de chegadas internacionais de igual período de 2021, o que mostra que, em comparação com 2019, o turismo internacional já recuperou “quase metade (46%) dos níveis pré-pandemia”.
“A recuperação do turismo ganhou ritmo em várias partes do mundo, enfrentando os desafios que estão no seu caminho”, sublinha Zurab Pololikashvili, secretário-geral da OMT, citado no comunicado que acompanha os resultados do Barômetro do Turismo Mundial, que foi divulgado esta segunda-feira, 1 de agosto.
Segundo os dados do Barômetro da OMT, a Europa e as Américas lideraram a recuperação nos primeiros cinco meses do ano, com a Europa a contabilizar mesmo quatro vezes mais chegadas internacionais que no mesmo período do ano passado, num crescimento que chega aos 350% e que se deve ao levantamento de todas as restrições relacionadas com a COVID-19 em vários países, o que fez disparar a procura inter-regional.
A OMT destaca o mês de abril, que apresentou um crescimento “particularmente robusto”, com um aumento de 458% na procura internacional, o que se ficou a dever às celebrações da Páscoa, que se assinalaram nesse mês.
Tal como a Europa, também o continente Americano apresentou um forte desempenho entre janeiro e maio, período em que as chegadas internacionais aumentaram 112%, valores que, quer na Europa, quer na América, não foram suficientes para alcançar os números de 2019.
“A forte recuperação é, no entanto, medida em relação aos fracos resultados de 2021 e as chegadas permanecem 36% e 40% abaixo dos níveis de 2019 em ambas as regiões, respetivamente”, acrescenta a OMT.
Além da Europa e América, a recuperação do turismo internacional chegou também ao Médio Oriente, que apresentou um crescimento de 157% nas chegadas internacionais até maio, assim como a África, onde houve um acréscimo de 156%, regiões que, ainda assim, ficaram 54% e 50% abaixo dos níveis de 2019, respetivamente.
Na Ásia-Pacífico, as chegadas internacionais praticamente duplicaram entre janeiro e maio, subindo 94%, ainda que, também nesta região, os números continuem 90% abaixo dos níveis pré-pandemia, uma vez que, justifica a OMT, “algumas fronteiras permaneceram fechadas para viagens não essenciais”.
Por sub-regiões, a OMT diz que também há uma recuperação e que várias dessas sub-regiões recuperaram 70% a 80% das chegadas internacionais, a exemplo das Caraíbas e da América Central, que lideraram o crescimento entre janeiro e maio, seguindo-se o sul do Mediterrâneo, assim como o Oeste e Norte da Europa.