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Praia Acessível: Prefeitura promove dia de lazer e inclusão na Praia de Pajuçara

“Antes, para eu tomar banho de mar, tinha que ser carregada no colo. E nem aproveitava muito. Mas, agora, com a cadeira anfíbia acessível e disponível, é incrível. Eu fico esperando o mês todo para vivenciar a experiência. As pessoas falam que o que acalma é água com açúcar, mas o que acalma mesmo é a água do mar”. 

Foi assim que Paula Ravenala, de 35 anos, descreveu o que sentiu após tomar banho de mar com a cadeira anfíbia, adaptada para pessoas com deficiência, durante o Praia Acessível, na Orla da praia de Pajuçara, na manhã do último sábado (30).

Além do banho acessível, o projeto, que é voltado às pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida, teve aula de zumba, dança, vôlei, futsal, aferição de pressão arterial, promovida pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS), e serviços fisioterapêuticos, com equipes da Uninassau.

Paula aprovou a experiência de banhar-se no mar da Orla da Praia de Pajuçara com o auxílio de cadeira anfíbia. Foto: Émile Valões / Ascom Semtel
Paula aprovou a experiência de banhar-se no mar da Orla da Praia de Pajuçara com o auxílio de cadeira anfíbia. Foto: Émile Valões / Ascom Semtel

Presidente da Associação de Surdos de Maceió, Kleverson Oliveira destacou a relevância da ação gratuita através da tradutora e intérprete de libras do grupo, Kelly Oliveira.

“Mais do que lazer, o Praia Acessível contribui para a autoestima, a saúde física e mental de todos os integrantes da Associação de Surdos de Maceió. Nós estamos sempre participando porque sabemos da relevância social do projeto”, pontuou. 

Kleverson Oliveira agradece, em libras, apoio da Prefeitura de Maceió e de Patrícia Mourão com a promoção de mais uma edição do projeto. Foto: Émile Valões / Ascom Semtel
Kleverson Oliveira agradece, em libras, apoio da Prefeitura de Maceió e de Patrícia Mourão com a promoção de mais uma edição do projeto. Foto: Émile Valões / Ascom Semtel

Ainda segundo Kelly, a associação tem em média 300 atletas surdos entre pais e filhos. Ela se emocionou bastante ao destacar a dimensão pessoal do trabalho que realiza.

“Desde os 13 anos, sou voluntária da comunidade de surdos da capital. Para mim é uma satisfação muito grande participar do Praia Acessível, pessoalmente e profissionalmente. Inclusive, tenho um tio que é surdo e tem deficiência intelectual. Então, eu peguei paixão e amor pela causa”, destacou.

Além de dança com os alunos da Associação de Surdo da capital, Kelly se aventurou na corrida acessível na Praça Geronimo Siqueira. Foto: Ascom Semtel
Além de dança com os alunos da Associação de Surdo da capital, Kelly se aventurou na corrida acessível na Praça Geronimo Siqueira. Foto: Ascom Semtel

Goleiro profissional do time de futsal da associação, Edson Ribeiro da Rocha, 24, apontou a dimensão social e transformadora do esporte.

“O Praia Acessível é um projeto enriquecedor porque promove acessibilidade através do esporte. Então, essa questão da fomentação do futsal, do vôlei, do basquete, entre outras mobilidades, é o que eu destaco a partir da minha experiência enquanto goleiro”, disse.

Edson Ribeiro, de óculos, revelou que está na Associação de Surdos de Maceió há quatro anos e graças ao incentivo de amigos passou a atuar como goleiro do time de futsal. Foto: Émile Valões / Ascom Semtel
Edson Ribeiro, de óculos, revelou que está na Associação de Surdos de Maceió há quatro anos e graças ao incentivo de amigos passou a atuar como goleiro do time de futsal. Foto: Émile Valões / Ascom Semtel

Representantes das principais instituições parceiras do Praia Acessível participaram desta edição do projeto, como a Associação de Apoio a Pessoas com Câncer (APAE), A Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE), Associação dos Deficientes Físicos de Alagoas (APAE), além da Associação de Surdos de Maceió.

“Mesmo com o clima pouco favorável, devido às chuvas, representantes das instituições parceiras compareceram acompanharam e participaram de todas as atividades propostas. Tivemos a corrida, a dança, o futsal, o futebol, o vôlei e o banho de mar acessível, que é carro-chefe do projeto. A próxima edição está prevista para acontecer no final de agosto e aguardamos todos novamente”, destacou João de Barros, coordenador do projeto.

Jailson Junior e Gabriele Nascimento, de amarelos, coordenador e aluna do curso de fisioterapia da Uninassau que presta serviço no Praia Acessível. Eles aproveitaram aula de dança. Foto: Émile Valões / Ascom Semtel
Jailson Junior e Gabriele Nascimento, de amarelos, coordenador e aluna do curso de fisioterapia da Uninassau que presta serviço no Praia Acessível. Eles aproveitaram aula de dança. Foto: Émile Valões / Ascom Semtel

Sobre o Projeto

O Projeto Praia Acessível, coordenado pela Secretaria Municipal de Turismo, Esporte e Lazer (Semtel), é realizado mensalmente em parceria com entidades e ONGs que atendem esse público. Porém, as cadeiras anfíbias estão disponíveis para empréstimo todos os dias da semana.

Elas facilitam o deslocamento na areia do mar e tem capacidade de fazer flutuar na água. Para solicitar o empréstimo é necessário agendar com o coordenador do projeto, João de Barros, pelo número (82) 9102-4596. O tempo de permanência com o equipamento é de até sete dias.

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