A Ryanair apelou à União Europeia (UE) para tomar medidas imediatas de modo a proteger os sobrevoos do espaço aéreo francês na sexta-feira, 16, devido á greve do Controlo do Tráfego Aéreo Francês (CTA). Em comunicado, a Ryanair diz “lamentar” ter de cancelar 420 voos (perturbando 80.000 passageiros) em resultado desta greve francesa injustificada do CTA, que perturbará os planos de viagem de fim-de-semana de milhares de cidadãos/visitantes europeus.
“É inexplicável que os voos que sobrevoam a França sejam perturbados pelas greves dos CTA franceses, embora os voos domésticos franceses sejam protegidos por leis de serviço mínimo”, salienta a companhia aérea low-cost irlandesa.
“A União Europeia deve intervir e proteger os sobrevoos para que os passageiros que viajam entre Espanha, Itália, Irlanda, Alemanha, etc., não sejam perturbados apenas porque sobrevoam a França enquanto os sindicatos CTA franceses fazem greve”, refere em comunicado.
Assim, a Ryanair propõe “três medidas simples” que aliviariam o impacto destas greves dos CTA franceses nos cidadãos/visitantes europeus. A primeira medida passa por “exigir que os sindicatos CTA franceses se envolvam em arbitragem vinculativa em vez de greves”. Além disso, pede uma “proteção dos sobrevoos franceses (ao abrigo das leis de serviços mínimos)”, e “permitir aos outros CTA da Europa gerir sobrevoos de França enquanto os sindicatos CTA franceses fazem greve”.
A Ryanair informa que todos os 80.000 clientes afetados foram notificados esta na manhã de quinta-feira e avisados das suas opções via e-mail/SMS.
Neal McMahon, diretor de Operações da Ryanair, apela “à ação imediata da UE para evitar que estas greves do CTA perturbem os planos de viagem de milhares de cidadãos/visitantes europeus”.