Dois terços das empresas britânicas preveem aumentar, em 2023, os gastos com viagens de negócios em, pelo menos, 50%, avança um estudo da American Express, indicando ainda que 42% das Pequenas e Médias Empresas (PME) do Reino Unido admitem esse aumento de custos.
O estudo da companhia norte-americana de pagamentos refere que “mais de 80% das empresas acreditam que as viagens têm um papel essencial no aumento das receitas, com 60% a planear expandir os seus negócios dentro do Reino Unido e outras 35% a pretenderem fazê-lo para diversos mercados internacionais.
Parte do desejo em aumentar as viagens provem da necessidade de conectar equipas remotas após a pandemia, com 73% dos inquiridos a afirmar que tal realidade é um dos principais motivos para as viagens de negócios e um quinto já estar a fazê-las para manter reuniões com as diversas equipas.
Outras tendências que o estudo encontrou prende-se com o aumento das viagens “bleisure” (business + pleasure) pós-Covid, com 31% dos funcionários a fazerem-se acompanhar dos seus parceiros ou membros da família numa viagem de negócios.
A maioria das empresas (79%) também aumentou o seu foco no bem-estar dos viajantes quando estão em viagem, concluindo-se que 71% dos funcionários referiram que “deixariam o emprego se o empregador não priorizasse o seu bem-estar durante as viagens”.
Além disso, a sustentabilidade também está a tornar-se um problema maior para os viajantes, com 71% a demonstrarem preocupações com o impacto ambiental das suas viagens e 78% a admitirem-se mais conscientes da sua pegada de carbono quando estão em viagem. O estudo refere, igualmente, que cerca de um terço das empresas gostaria que as viagens de negócios fossem “mais verdes”, mas não sabem como consegui-lo.
Hana Lear, vice-presidente de serviços de cartões corporativos do Reino Unido da American Express, salienta que “as empresas não tiveram escolha a não ser fazer uma pausa em muitas viagens nos últimos dois anos e apoiar-se em alternativas virtuais para construir relacionamentos com clientes e colegas”, admitindo que o estudo demonstra que “as viagens de negócios e o valor das conexões pessoais para impulsionar o crescimento andam de mãos dadas”.
No entanto, Lear admite, igualmente, que há claramente um “foco renovado em toda a experiência de viagens de negócios para garantir que empresas e funcionários maximizem o valor das viagens”.