O setor de viagens corporativas superou em 11,6% o período pré-pandemia no país no terceiro trimestre deste ano. A constatação é da Associação Brasileira das Agências de Viagens Corporativas (Abracorp). O segmento, um dos mais rentáveis para o Brasil, contabilizou um faturamento de R$ 3,3 bilhões entre os meses de julho e setembro contra R$ 2,9 bilhões no mesmo período de 2019. De janeiro a setembro, o setor já faturou R$ 8,13 bilhões.
Entre os responsáveis pelo bom resultado no período estão os transportes aéreo e rodoviário e as locadoras de veículos. O primeiro contabilizou mais de 65% do total faturado no terceiro trimestre de 2022, com R$ 2,2 bilhões. Já o setor rodoviário teve um incremento de 140% no período quando comparado à 2019, totalizando mais de R$ 6,9 milhões. O relatório também trouxe dados relativos ao mês de setembro, onde foram faturados mais de R$ 1,1 bilhão, valor maior que o contabilizado no mesmo mês de 2019 (R$ 996 milhões).
Dados da Pesquisa Nacional de Domicílios (PNAD), realizada pelo Ministério do Turismo e o IBGE, apontam que as viagens corporativas representaram 14,6% das viagens realizadas no ano de 2021 dentro do país. O carro particular ou da empresa foi o principal meio de veículo para locomoção deste tipo de viagem, correspondendo a 56,7% delas. Além disso, a pesquisa ainda mostrou que 28,3% dos viajantes se hospedaram em hotéis, resorts ou flats no período.
Do lado internacional, o Ministério do Turismo aponta que, em 2019, o turismo de negócio foi o segundo principal motivo da vinda de estrangeiros para o Brasil. Do número total, 15,4% visitaram o país com esta finalidade. Entre os destinos mais procurados estão São Paulo (49,2%), Rio de Janeiro (19,1%), Curitiba (4,8%), Porto Alegre (3,4%) e Brasília (3,2%). O gasto médio per capita desses viajantes, por dia, foi de US 77,39.