Apesar de a TAP ter conseguido obter bons resultados financeiros, reduzindo o prejuízo no primeiro semestre deste ano para 202 milhões de euros, menos metade do que teve no mesmo período do ano passado, os resultados ainda são vistos como abaixo das expectativas.
“O que mais preocupa é que este volume de prejuízos já está em cima de valores de tráfego muito próximos daquilo que era o valor da pré-pandemia. Ainda arriscamos a ter uma transportadora que não consegue dar resultados positivos, mesmo com um plano de restruturação”, afirmou o economista João Duque em matéria divulgada na imprensa portuguesa.
No segundo trimestre, a companhia aérea registou uma redução de 37,2% nos prejuízos, para um resultado negativo de 80,4 milhões de euros, face aos 128,1 milhões obtidos em igual período do ano anterior.
Por seu lado, Ricardo Penarroias, do Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil, não estranha os resultados obtidos. Na sua opinião até que podiam ser melhores, não fossem os erros cometidos pela atual administração e sublinha que para estes resultados contribuiu e muito o esforço dos trabalhadores.
“Não posso deixar de realçar que contribui muito para esses números o esforço financeiro, dado que existe o corte salarial dos trabalhadores do grupo TAP e, também da entrega, pois estamos a voar – no caso dos tripulantes de cabine – nos limites”, destacou.