Conhecida como uma das cidades mais verdes do país, Teresina é composta por diversos espaços naturais, como o Parque Municipal do Encontro dos Rios. Além deste belo fenômeno da natureza, o turista que for ao local terá à disposição restaurante, trilhas, mirantes e áreas para a prática de esportes aquáticos. Na ponte estaiada João Isidoro França há um mirante que dá vista para toda a cidade e para o rio Poti. Lá também o turista poderá conhecer o artesanato piauiense, como o Polo Cerâmico e, claro, provar a Cajuína, bebida mais popular do Piauí, feita a base de caju.
Ainda às margens do Rio Poti, em Teresina, é possível visitar a única floresta fóssil do Brasil que fica numa área urbana, com itens datados há cerca de 280 a 270 milhões de ano. Nas Américas, os troncos fossilizados achados nessa floresta só são encontrados na capital piauiense e no Parque de Yellowstone, nos Estados Unidos. Ou seja, é imperdível.
Cânions do Rio Poti. Crédito: Governo do Estado do Piauí
Seguindo o curso das águas, chegamos aos Cânions do Rio Poti situado principalmente nos municípios de Buriti dos Montes, Castelo do Piauí e Juazeiro do Piauí. Além da paisagem exuberante (parada obrigatória para fotos), o local é indicado para prática de esportes de aventura como rapel, canoagem, ciclismo e trekking, figurando entre os mais radicais e belos roteiros ecoturísticos do Brasil. O turista pode realizar ainda trilhas ancestrais, visualizar inscrições rupestres e acompanhar a transição da vegetação entre a caatinga, o carrasco e o cerrado. Vale a pena conhecer!
Falar de rios piauienses e não citar o Parnaíba, é quase um pecado capital. O rio separa os estados do Piauí e do Maranhão e desagua no Oceano Atlântico em forma de delta (com cinco “braços” entre os dois estados) e dezenas de ilhas, dunas e muitas opções de passeios para conhecer as belezas naturais da região. O Delta do Rio Parnaíba é o único em mar aberto das Américas e o terceiro maior do mundo – atrás apenas dos rios Mekong (Vietnã) e Nilo (África). Possui 2.700 m² e 83 ilhas e ilhotas, mas com o passar dos anos e o movimento das águas o número varia. Assim, a cada visita os turistas encontram um novo cenário.
Os passeios de barco pelo Delta duram de três a quatro horas. Na mata e nos manguezais que acompanham o delta é possível ver exemplares da fauna da região – jacarés, iguanas, capivaras, tatus e até macacos, como o prego. Ainda é possível apreciar uma gastronomia marcada pelos sabores do sertão nordestino. As tradições regionais também se apresentam no artesanato e demais manifestações culturais. O Delta do Parnaíba, juntamente com Jericoacoara (CE) e os Lençóis Maranhenses (MA), faz parte da Rota das Emoções, um roteiro integrado que, como diz o nome, é pura adrenalina.
Os rios também foram personagens principais de um evento que fomentou as práticas esportivas e culturais na capital piauiense e chamou a atenção dos teresinenses e turistas sobre a importância dos rios Poti e Parnaíba. De acordo com o idealizador da iniciativa, Luciano Uchôa, o projeto buscou trabalhar a sustentabilidade por meio do ecoturismo e do turismo de base comunitária, sendo inclusive indicado como finalista do Prêmio Braztoa de Sustentabilidade, apoiado pelo Ministério do Turismo.
Turismo náutico
A atividade é caracterizada pelo contato com a água – salgada ou doce – e está ligada à navegação, à prática de esportes aquáticos ou outras atividades realizadas na água. Outra característica importante é que, diferente de outros meios de transporte, as embarcações são os principais atrativos do turismo náutico, já que elas oferecem lazer e entretenimento, em vez de apenas deslocamento.
Com cerca de 8.500 quilômetros de litoral, 35 mil quilômetros de rios e canais navegáveis e mais 9.260 quilômetros de margens de reservatórios de água doce, lagos e lagoas, o Brasil apresenta um dos maiores potenciais de desenvolvimento do turismo náutico no mundo.
Fonte: MTur