
A Associação Latino Americana e do Caribe de Transporte Aéreo (ALTA), junto com a Amadeus, participará da 47ª edição da Tianguis Turístico, realizada na Cidade do México, de 26 a 29 de março. Durante sua participação, Juan Camilo Guerrero, diretor econômico da ALTA, apresentará o Índice de Competitividade do Transporte Aéreo para a América Latina e Caribe, desenvolvido em conjunto pelas duas as organizações.
Este relatório, cuja segunda edição foi lançada no último trimestre de 2022, estuda uma série de fatores que determinam a competitividade da região para o transporte aéreo, além de ações que podem ser tomadas para gerar melhores condições para atrair cada vez mais investidores, desenvolver operações, empregos, conectividade e facilitar a chegada de mais turistas.
A indústria mexicana está entre as mais competitivas da região graças ao seu elevado nível de conectividade e à sua política de transporte aéreo, bem como aos países que um cidadão mexicano pode visitar sem necessidade de visto, destaca o estudo da ALTA e Amadeus.
De fato, o México é um dos líderes de mercado da região. Em janeiro de 2023 o transporte internacional de passageiros registrou um crescimento de 16% em comparação com o mesmo período de 2019, e o transporte doméstico alcançou um crescimento de 25% em relação aos seus níveis pré-pandêmicos. “Isso aconteceu graças a um conjunto de elementos que definiram esse país como um destino elegível para milhões de passageiros e porque conta com um mercado doméstico forte que oferece aos mexicanos um meio de transporte mais seguro e eficiente. Apesar dos desafios, a indústria aérea mexicana tem muitos pontos fortes, por isso convidamos as autoridades a continuarem trabalhando com a indústria na tomada de decisões críticas que terão impacto nas operações”, ressalta José Ricardo Botelho, Diretor Executivo e CEO da ALTA.
Mas ainda existem assuntos para tratar. Por exemplo, o país tem dificuldade com a questão do combustível, que não é competitivo. Além disso, é o quarto país menos atrativo da América Latina em termos de taxas aeroportuárias, com dois dos aeroportos mais caros da região: Cidade do México e Monterrey, onde a média da taxa aeroportuária é de US$ 61,70. Segundo dados de 2022, quando um passageiro paga uma passagem de 100 dólares no México, 45% correspondem a impostos, taxas e contribuições. Em um bilhete de 50 dólares, o imposto chega a 61%. Ou seja, em média, podemos dizer que o preço do bilhete duplica, tornando a chance de voar substancialmente mais cara.
Outro fator que ameaça diminuir a competitividade do país é a discussão sobre a liberação da cabotagem. “Esta não é uma medida relacionada com a redução das tarifas aéreas, mas sim um aspecto técnico que tem impacto na conectividade aérea e na segurança”, explica Botelho. O CEO da ALTA colocou-se à disposição das autoridades mexicanas para contribuir com as melhores práticas e estudos técnicos que norteiam as medidas que impactarão o setor de aviação.
Como lidar com essa tendência de contração econômica e com os desafios enfrentados pela indústria? Aumentando a competitividade das variáveis que impactam o setor da aviação e, claro, tomando decisões baseadas em evidências técnicas. Esta resposta será o tema da apresentação da ALTA e Amadeus no Tianguis Turístico 2023.
Este ano a ALTA levará os seus dois maiores eventos ao México: em maio o ALTA CCMA & MRO, e em outubro, o ALTA AGM & Airline Leaders Forum. Ambos com o objetivo de desenvolver um diálogo aberto e de reforçar o trabalho colaborativo entre indústria e governo, para promover os benefícios socioeconômicos que a aviação gera para cada vez mais pessoas.