O novo presidente da companhia aérea portuguesa TAP, Luís Rodrigues, assume o cargo na próxima sexta-feira, 14 de abril. A informação foi anunciada, esta quarta-feira, num comunicado conjunto do Ministério das Finanças e do Ministério das Infraestruturas.
Luís Silva Rodrigues, que liderava a Sata, para assumir os cargos de presidente do Conselho de Administração e da Comissão Executiva da companhia aérea, na sequência da exoneração de Manuel Beja e Christine Ourmières-Widener, que deixam a transportadora na quinta-feira.
De acordo com a mesma nota, a entrada em funções “segue-se à aprovação hoje, dia 12 de abril, do novo PCA em Assembleia Geral de acionistas, em que o Estado se faz representar pela Direção-Geral do Tesouro e Finanças (DGTF), e na qual foram também adotadas as decisões finais sobre os procedimentos legalmente previstos para a destituição dos titulares dos cargos de PCA e PCE, cujo último dia em funções será 13 de abril“.
O Governo nota que a deliberação final hoje adotada “conclui o processo iniciado na Assembleia Geral de 13 de março, tendo a DGTF notificado o PCA e a PCE da companhia dos respetivos projetos de decisão de demissão no dia seguinte”.
“Cumprido o período de audiência prévia, que terminou a 28 de março, o PCA e a PCE enviaram nesse último dia a sua pronúncia à DGTF. Os dois documentos foram devidamente analisados e ponderados na decisão final”, acrescenta.
Desta forma, o Executivo diz estarem “reunidas as condições” para que a TAP “inicie uma nova etapa, capaz de assegurar o foco na implementação bem-sucedida do plano de reestruturação da empresa, para a qual o contributo diário de todos os trabalhadores é imprescindível“.
Aos 58 anos, Luís Silva Rodrigues transita assim da Sata para a TAP, tendo antes passado pela Nova School of Business and Economics. Na TAP, foi administrador executivo entre 2009 e 2014.
Esteve ainda na Media Capital e na PT Comunicações e, entre 2003 e 2008, foi presidente executivo da Fisher Portugal.
Recorde-se também que Manuel Beja, presidente do Conselho de Administração da TAP, e Christine Ourmières-Widener, presidente executiva, foram demitidos pelo Governo na sequência da polémica que envolve Alexandra Reis. A também antiga secretária de Estado recebeu uma indemnização de 500 mil euros quando saiu da companhia aérea detida pelo Estado.