O executivo David Neeleman – ex-acionista da TAP – afirmou que anseia pela “oportunidade” de responder aos questionamentos dos deputados da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) à companhia aérea.
Neeleman considera ter o “dever, perante os portugueses, de contextualizar atempadamente algumas das afirmações que têm sido proferidas por alguns ex-governantes e que, porventura, terão escapado à atenção dos deputados e de quem tem acompanhado – creio que com perplexidade – as audições”.
“Por ora, não posso remeter-me ao silêncio perante o que parece ser uma estratégia clara de ex-governantes de esconder os seus erros e desviar a atenção do que foi realmente a gestão pública da TAP nos últimos anos, à custa da minha honra e reputação. Não admitirei mesmo”, afirma no comunicado.
David Neeleman promete que responderá a “todas as perguntas da CPI muito em breve” e esclarecerá “várias outras questões, entre as quais como se desenvolveram as negociações com a Comissão Europeia sobre o apoio do Estado e os erros cometidos, mas também sobre as ingerências e pressões inaceitáveis do poder político sobre a comissão executiva da TAP durante a nossa gestão”.
Uma das revelações feitas pelo antigo acionista da TAP neste artigo de opinião está relacionada com os fundos Airbus, que diz que foram entrando na TAP em 2016, já com Governo PS:
“E, se não estavam de acordo, porque não pararam a capitalização dos ditos fundos Airbus que foram aportados em tranches ao longo do ano de 2016, quando já eram os governantes?”, questiona.



