A Azores Airlines, a companhia aérea do Grupo SATA que realiza os voos internacionais, registou um prejuízo de 24,3 milhões de euros em 2023, resultado que indica, contudo, uma melhoria de 8,1 milhões de euros face ao resultado negativo de 32,4 milhões de euros registado no ano anterior.
“A Azores Airlines mantém a tendência de crescimento sustentável pós pandemia, solidificando o caminho da recuperação e da sustentabilidade financeira”, refere o Grupo SATA, num comunicado divulgado esta terça-feira, 19 de março.
No comunicado, o Grupo SATA explica que, em 2023, a companhia aérea “registou resultados líquidos positivos durante cinco meses consecutivos”, o que ditou uma melhoria no resultado liquido face a 2022, “apesar de impactado por custos de reestruturação e por custos financeiros decorrentes de dívida contraída maioritariamente em anos anteriores”.
Em 2023, a Azores Airlines registou receitas no valor de 285,8 milhões de euros, montante que cresceu 35,4% face ao ano anterior e 81,7% em comparação com o período pré-pandemia, o que, segundo o Grupo SATA, “reforça a tendência de crescimento da atividade da companhia e da capacidade de capitalizar oportunidades de mercado nos últimos anos”.
Já o EBITDA da Azores Airlines foi de 21,6 milhões de euros no ano passado, valor que compara com os 5,4 milhões de euros apurados em 2022, enquanto o EBIT registou uma melhoria de 11,8 milhões de euros quando comparado com o ano de 2022, sendo este “fortemente impactado pelos leasings dos aviões”.
“A performance da Azores Airlines tem sido de crescimento consistente e sustentado tendo, em 2023, superado as metas de receitas e EBITDA definidos no Plano de Restruturação acordado com a Comissão Europeia, reflexo dos esforços comerciais, da eficiência da operação e do compromisso da gestão e das equipas no turnaround da companhia”, justifica o grupo de aviação açoriano.
Os custos operacionais, por sua vez, atingiram os 264,2 milhões de euros, aumentando 28,5% face ao período homólogo, com a SATA a indicar que este “refletem custos extraordinários com irregularidades (+4,7 milhões de euros vs 2022) e ACMIs (aluguer de aeronave, tripulação, manutenção e seguros) (+15,3 milhões de euros vs 2022) em 2023”, o que se deveu, sobretudo, a condições climatéricas adversas e atrasos na entrega de aeronaves em manutenção e novas.
“Esta variação incorpora, ainda, o incremento dos custos operacionais de tráfego (+36%, cerca de 20,1 milhões de euros vs 2022), refletindo o aumento da atividade da companhia e da subida generalizada dos preços dos serviços e o aumento dos custos com pessoal (+21,2%, cerca de 9,6 milhões de euros vs 2022) motivados pelo aumento da atividade operacional e pelo contínuo impacto da reposição dos cortes salariais, progressões nas carreiras e negociações de acordos de empresa”, acrescenta o grupo açoriano.