O maior corredor de Mata Atlântica preservada do país agora é parte do primeiro distrito turístico ecológico de São Paulo. Lançado oficialmente e batizado de Portal da Mata Atlântica, o novo distrito turístico está localizado no coração do Vale do Ribeira, a menos de 150 Km da capital paulista, e integra, de forma estratégica, áreas turísticas de grande potencial dos municípios de Ibiúna, Juquiá, Miracatu, Piedade e Tapiraí.
A criação do novo distrito turístico é parte de um conjunto de iniciativas da Secretaria de Turismo e Viagens de São Paulo (Setur-SP) para fomentar o desenvolvimento sustentável por meio da atividade turística. Com uma das maiores biodiversidade do planeta, o Vale do Ribeira é considerado Patrimônio Natural da Humanidade pela Unesco, além de preservar a riqueza cultural com sus comunidades quilombolas centenárias, remanescentes de vilas caiçaras e algumas tribos indígenas.
Publicado em Diário Oficial por meio de decreto (68.449), o Portal da Mata Atlântica é o sexto distrito turístico paulista e tem, entre suas atrações, o Legado das Águas, uma reserva privada de 31 mil hectares com mais 1.832 espécies animais e vegetais. “Nosso modelo foi pensado para integrar floresta e comunidades do entorno, e o fomento do turismo pode ampliar as oportunidades, gerando valor com a floresta em pé”, diz David Canassa, diretor da Reservas Votorantim, empresa que administra o Legado das Águas.
O novo território concentra mais de 20 atrações ligadas ao turismo de natureza e aventura, como rafting, canoagem, trilhas, safaris, além de atividades como observação de aves e astros, empreendimentos ligados à gastronomia regional e hospedagens. “O novo distrito terá um papel importante na conservação ambiental da região, valorizando os produtores e a cultura regional, além de projetar SP como um destino de lazer de natureza”, diz Roberto de Lucena, secretário de Turismo e Viagens de SP.
A organização como distrito turístico gera impactos significativos na visitação e pode movimentar cerca de R$ 10,3 bilhões no estado até 2030, de acordo com o Centro de Inteligência da Economia do Turismo. Em outras palavras, o distrito promove condições favoráveis para se criar um território seguro e sustentável a partir de corredores turísticos, fortalecendo empreendimentos já existentes e incentivando a instalação de novos negócios.
Recentemente, a Secretaria lançou um manual de boas práticas para distritos turísticos e criou um fórum permanente para reunir e divulgar soluções para desafios de infraestrutura, incentivos econômicos e aprofundamento de políticas públicas. O Distrito Turístico tem um modelo de organização com foco na atração de investimentos públicos e privados, gerando benefícios econômicos, fiscais e de crédito, gerando aumento no fluxo de turistas.