A capital dos Países Baixos está a repensar a sua política relativamente aos navios de cruzeiro e, até 2035, pretende mudar o terminal de cruzeiros da cidade para fora da área urbana, adotando também uma redução do número de navios que vão poder atracar na cidade em simultâneo.
De acordo com a publicação britânica Travel Weekly, a Câmara Municipal de Amesterdão está a estudar a possibilidade do terminal de cruzeiros passar para fora da área urbana, sendo que, até lá, o número de navios que vão poder atracar na cidade deverá ser reduzido de 190 para um máximo de 100, a partir de 2026.
As autoridades locais defendem que parte dos navios que deixam de poder parar em Amesterdão vão poder atracar em Roterdão, outra das principais cidades dos Países Baixos, que deverá passar a receber mais 40 cruzeiros a partir de 2026.
“A proibição dos navios de cruzeiro também faz parte de um amplo pacote de medidas para limitar o crescimento do turismo e combater os excessos”, avança a autarquia de Amesterdão, explicando que, além da limitação do número de navios e da deslocalização do terminal para fora da cidade, está também previsto que estes navios passem a ter de se ligar à eletricidade em terra, reduzindo, desta forma, as emissões poluentes.
As medidas visam reduzir o excesso de turismo e a poluição associada aos navios de cruzeiro, no entanto, as autoridades locais admitem que estas restrições vão levar a uma perda de receita, “principalmente devido aos menores gastos dos turistas, por exemplo, em museus, restauração, lojas e excursões, mas também devido ao menor consumo de combustível”.
Quem já reagiu às novas medidas foi a CLIA – Associação Internacional de Companhias de Cruzeiros, que diz compreender as preocupações das autoridades locais, motivo pelo qual a deslocalização do terminal de cruzeiros foi um tema tratado, desde 2016, em parceria entre a indústria dos cruzeiros e o Porto de Amesterdão.
“Amesterdão é e continuará a ser um destino popular para cruzeiros, e o turismo de cruzeiros continuará a proporcionar importantes benefícios económicos à cidade”, refere um porta-voz da CLIA, citado pela publicação britânica.