NEGÓCIOS

BNDES financia a exportação de 32 jatos E175 da Embraer para a American Airlines

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) concluiu o contrato de financiamento para exportação de 32 jatos comerciais E175 da Embraer para a American Airlines. A operação, da ordem de R$ 4,5 bilhões, ocorre por meio do BNDES Exim Pós-embarque, linha de crédito direto do Banco para comercialização de bens nacionais destinados à exportação. O anúncio foi realizado em cerimônia na sede da Embraer em São José dos Campos, interior de São Paulo, que contou com a participação do Presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva, do Vice-Presidente Geraldo Alckmin, do Ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho e o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, entre outras autoridades.

O apoio do BNDES tem sido fundamental para a indústria aeronáutica nacional considerada, estratégica para ser intensiva em tecnologia, geradora de empregos de alta qualificação e inovações com impactos positivos para a sociedade. “Este financiamento vai contribuir para acelerar a produção e exportação das nossas aeronaves à American Airlines e impulsionar o processo de neoindustrialização do Brasil, aumentando a inovação e a competitividade do país”, disse Francisco Gomes Neto, presidente e CEO da Embraer. “O BNDES, com sua visão estratégica, tem sido fundamental para o desenvolvimento da indústria nacional por meio do financiamento a exportações, do acesso a recursos de capital de giro e no investimento em pesquisa e desenvolvimento.”

No início do ano, a American Airlines anunciou um pedido firme de 90 jatos E175, com direitos de compra de outros 43 jatos do modelo. As aeronaves serão entregues com 76 assentos. Caso todos os direitos de compra sejam exercidos, o acordo superará o valor de US$ 7 bilhões, conforme preço da lista. O valor referente aos pedidos firmes foi incluído na carteira de pedidos da Embraer no primeiro trimestre de 2024. “O BNDES é o maior parceiro da Embraer e já apoiou a exportação de mais de 1.300 aeronaves desde 1997. São financiamentos que ultrapassam a soma dos EUA US$ 25 bilhões ao longo dos anos. A manutenção desse apoio, no governo do presidente Lula, contribui para que a empresa brasileira continue sendo uma das três maiores do mundo em produção de aviões, gerando oportunidades de emprego e renda no Brasil”, afirma o presidente do Banco, Aloizio Mercadante.

Além das exportações, o BNDES apoia a Embraer no plano de investimentos em inovação. Em fevereiro deste ano, o Banco concedeu um financiamento no valor de R$ 500 milhões, por meio do BNDES Mais Inovação, para a empresa desenvolver novos produtos, processos e tecnologias digitais para ganhos de eficiência, produtividade e, também, para mobilidade aérea sustentável, com foco em transição energética e redução das emissões de carbono.

“O BNDES tem compromisso com a inovação na indústria aeroespacial nacional para torná-la cada vez mais competitiva e sustentável e com capacidade de ampliar os mercados e desenvolver novas tecnologias, alinhadas com o Plano Mais Produção do governo federal, no eixo de indústria mais exportadora e inovadora com foco em produtos de maior valor agregado”, explica o diretor de Desenvolvimento Produtivo, Inovação e Comércio Exterior, José Luís Gordon. Historicamente, países com indústrias aeronáuticas de ponta financiam seus respectivos fabricantes nacionais de forma perene, por meio de bancos de desenvolvimento (BDs) e agências de crédito à exportação (Agências de Crédito de Exportação) dos seus respectivos países. No Brasil, esse papel é desempenhado pelo BNDES. Os financiamentos do BNDES complementam o financiamento fornecido pelo mercado privado e possibilitam à Embraer competir no mercado externo em igualdade de condições com seus concorrentes.

A Embraer é líder na fabricação de jatos comerciais de até 150 assentos e a principal exportadora de bens de alto valor agregado do Brasil. A empresa mantém unidades industriais, escritórios, centros de serviço e de distribuição de peças, entre outras atividades, nas Américas, África, Ásia e Europa.

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