A gastronomia também foi destaque no Salão do Turismo: Conheça o Brasil, realizado no Rio de Janeiro entre os dias 8 e 11 de agosto. Um espaço inteiro voltado para produtores de chocolates, vinhos e cachaças foi montado em um dos pavilhões. Sucesso entre o público, o local ofereceu experiências gastronômicas e abriu espaço para a divulgação do trabalho de produtores. Nos estandes, visitantes puderam degustar as delícias produzidas em várias partes do país.
O chocolate é um grande atrativo turístico em diversas regiões, e essa delícia do nosso país não poderia ficar de fora do Salão do Turismo. O público pôde conhecer o chocolate Bean to Bar; um tipo artesanal que, desde a amêndoa integral do cacau até a barra de chocolate, é feito sem segmentação de processos nem aditivos artificiais. A iguaria se tornou um produto muito procurado em feiras turísticas e possui características típicas de cada estado em que é produzido. O grupo de empreendedores que marcou presença no Salão é credenciado pela Associação Bean to Bar Brasil.
Uma das produtoras presentes é Ariana Silva Ribeiro, goiana de 38 anos. Há quatro anos a engenheira decidiu mudar de vida e se dedicar a essa paixão. Ela criou a C’Alma Chocolate – do Grão à Barra e hoje tem uma fábrica que já emprega oito pessoas. O chocolate que ela produz já foi premiado pela Academy of Chocolate de Londres.
“Pesquisava sobre chocolate artesanal e, quando conheci o Bean to Bar, me apaixonei. A ideia era entregar sabores inusitados para as pessoas. Fiz um curso e comecei fazendo para a família e para os amigos e, aí, fui crescendo. Hoje, revendemos, participo de feiras e temos uma loja com cafeteria. É um sonho realizado. Deu tão certo que duas das nossas barras já ganharam prêmio em Londres. Uma delas tradicional da nossa região, a Pastelinho de Goiás, um sabor inspirado na sobremesa típica que tem uma massa crocante, doce de leite e canela”, conta Ariana.
Já a cachaça, patrimônio cultural do Brasil, também ajuda a impulsionar a economia de estados e municípios, sendo destaque internacional. O produto é um importante atrativo turístico e também foi sucesso no Salão do Turismo, atraindo diversos expositores. No espaço do evento dedicado à bebida, todos os produtores são da Associação Nacional dos Produtores e Integrantes da Cadeia Produtiva e de Valor da Cachaça de Alambique (ANPAQ).
A tradição dessa bebida está há seis gerações na família de Ademir Caetano, da Cachaça Germana de Nova União, em Minas Gerais. O negócio começou com seu bisavô e hoje eles exportam para 14 países. A fazenda onde cultivam a cana-de-açúcar também é um espaço turístico. Um dos irmãos de Ademir é responsável por contar aos visitantes a história da família e explicar a cadeia de produção da cachaça.
“Somos seis irmãos, que cuidam do negócio da família. Eu costumo dizer que, para vender a cachaça, a gente precisa vender a história. A história do produto, da tradição e do lugar. Se não tiver uma história, não vende. A nossa cachaça tem um diferencial. Ela é embrulhada na palha da banana e existe uma história por trás. E do nosso nome (Cachaça Germana) também. Meu pai era tropeiro, e Germana era o nome da dona de uma venda onde ele sempre parava nas viagens. A cachaça é totalmente ligada ao turismo. Esse é um evento importante, que ajuda a dar visibilidade ao nosso trabalho”, explicou Ademir.
