Após dez semanas de lançamento, o Voa Brasil, maior programa de inclusão social da aviação civil brasileira, continua a crescer na procura de voos pelos aposentados do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). Durante esse período, o público-alvo já preencheu 12,5 mil reservas aéreas para viagens em todos os estados. Na última semana de setembro, o volume de vendas foi 30% maior do que na última semana de agosto. Esse aumento é corroborado pelo número de acessos à plataforma, que já ultrapassou 200 mil.
“O programa lançado pelo presidente Lula foi criado com foco no caráter social, visando inserir novos brasileiros no modal aéreo. Estamos falando de pessoas que nunca viajaram de avião ou que não o fazem há muito tempo”, explicou Silvio Costa Filho, ministro de Portos e Aeroportos. Ele acrescenta que o Voa Brasil também fomenta o turismo regional, por meio das rotas disponíveis.
Nessas primeiras semanas, ao menos 72 cidades registraram reservas, com 60% dos voos para aeroportos em pequenas e médias cidades, reforçando que o programa impulsiona terminais regionais, especialmente no Norte e Nordeste. O fortalecimento desse mercado passa pelo planejamento do Ministério de Portos e Aeroportos (MPor), que tem investido na ampliação e modernização dos aeroportos. Nos próximos anos, o Governo Federal espera requalificar 120 aeroportos no país.
Redução da ociosidade
O Voa Brasil opera em parceria com as principais companhias aéreas e não conta com subsídio governamental, utilizando assentos ociosos de cada companhia. Nos primeiros sete meses deste ano, a taxa de ociosidade das aeronaves caiu de 19,7% para 19%, evidenciando que o programa ajuda a reduzir o número de assentos vazios nos voos.
Próxima Fase
O Ministério de Portos e Aeroportos, em colaboração com outros ministérios e empresas aéreas, já está planejando a segunda fase do programa, a ser lançada no primeiro semestre de 2025, beneficiando estudantes universitários atendidos por programas sociais. “Estamos avaliando a possibilidade de incluir alunos do Pronatec, do Prouni e outros segmentos da juventude brasileira”, ressaltou Costa Filho.