Ponte de Lima em Portugal vem sendo descoberto aos poucos por investidores estrangeiros e também por turistas de todo o mundo. Foi assim que o xasal de russos Ella e Sergey, descobriram uma quinta secular nos arrabaldes de Ponte de Lima e abriram a sua nova casa a hóspedes, com um proposta de hospedagem diferente e personalizada.
Tudo começou quando o casal viu o número 20 na morada da Quinta da Boavista souberam de imediato que estavam no sítio certo. Foi num dia 20 que o casal, natural da Rússia, tomou a decisão de ir viver para Portugal, e por isso, a coincidência pareceu-lhes mais um sinal de que a procura pelo norte do país chegara a bom porto naquela propriedade do século XVIII nos arrabaldes de Ponte de Lima, rodeada por montanhas e mergulhada no sossego do campo. “Quando descobrimos este lugar, achámos que estava à nossa espera”, recorda Ella.
Após obras de reabilitação que mantiveram a traça original dos edifícios, dotando-os de todas as comodidades no interior, Ella e Sergey mudaram-se para a casa principal e abriram as restantes habitações a hóspedes. Acrescentando mais uma camada de simbolismo ao número que os conduziu ali, em 2020 nascia o agroturismo Vinte – Quinta da Boavista. “Este é o projeto das nossas vidas e queremos partilhar a felicidade que sentimos em viver aqui com todos os que nos visitam”, assume Ella.
É no edifício onde vivem os anfitriões que são servidos os pequenos-almoços, e lá existe também uma sala de estar para os visitantes usufruírem, nas estações frias, de serões à lareira, animados com jogos de tabuleiro. Para pernoitar há seis casas, que no total podem acolher até vinte hóspedes – o número mágico -, em diferentes tipologias: apartamentos T1, perfeitos para casais, e também uma habitação com quatro quartos, a pensar em famílias e grupos de amigos. Todas elas conjugam o exterior rústico com interiores elegantes e acolhedores, que integram também a envolvente natural.
Ainda a pensar nas famílias, o casal criou a Casa das Crianças, uma casa de brincadeiras, onde os mais pequenos podem entreter-se com um ramalhete de atividades divertidas: têm parede de escalada, baloiço, podem pintar nas paredes com giz, saltar num trampolim e descer desde a biblioteca no primeiro piso até ao rés-do-chão através de um escorrega.
Nos 13 hectares da Quinta da Boavista cabe ainda um parque desportivo, para partidas de basquetebol, voleibol e ténis, um parque infantil, piscina exterior, sauna e sala de massagens, vinha, olival e pomar. Há bicicletas para alugar e pelo menos vinte trilhos diferentes para explorar nas redondezas. Vinte é também o número de galinhas no capoeiro da quinta, que tem ainda uma estufa e uma horta de onde provêm muitos dos ingredientes usados na confeção das refeições. As frutas e legumes que não são consumidos acabam transformados na cozinha em conservas e compotas, que os hóspedes também podem aprender a fazer, em workshops para todas as idades.
Ainda que o casal não poupe nas recomendações para que os seus visitantes saiam a conhecer a região, para quem preferir ficar pela propriedade, garantem que durante todo o ano, e mesmo em estadas mais prolongadas, haverá sempre algo diferente para fazer. Com o fim das vindimas vem a apanha da castanha e o magusto. Em antecipação do Natal, descascam-se avelãs, fazem-se tartes e bebe-se vinho novo à lareira. “Nunca é aborrecido aqui”, assegura Ella. Disso não há dúvidas.
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