Estudo da Confederação Nacional do Transporte (CNT) revela que a demanda e a oferta de assentos por quilômetros voado cresceram 106% após a política de concessões de aeroportos à iniciativa privada, iniciada em 2011. Segundo o estudo, as concessionárias foram responsáveis por 67,2% dos R$ 48,7 bilhões investidos na infraestrutura aeroportuária nos últimos 14 anos.
Já no primeiro ano após as concessões, foi registrado um aumento de 57,7% no número de decolagens, sinalizando uma rápida expansão operacional. Esses números refletem uma maior utilização da capacidade das aeronaves, assim como indicam a consolidação do transporte aéreo como uma alternativa competitiva e moderna no Brasil.
Em 2013, o pico de investimentos atingiu R$ 10,5 bilhões, com a participação significativa do setor público (71,8%). Contudo, o cenário mudou em 2023, quando os investimentos públicos representaram apenas 2,5% do total, destacando o papel crescente do setor privado na modernização da infraestrutura aeroportuária.
Além de atrair investimentos para o Brasil, as concessões agregaram expertise internacional para o setor. Empresas como AENA, Fraport e VINCI Airports emergiram como players significativos, trazendo práticas de gestão globais para os aeroportos brasileiros.
Satisfação de passageiros
A satisfação dos passageiros, importante indicador da qualidade dos serviços prestados pelo setor aéreo, também apresentou melhoria. O estudo da CNT aponta que o prazo médio entre o primeiro ano da concessão e o nível de satisfação máximo percebido pelos passageiros é de apenas 4,4 anos, evidenciando o rápido impacto da gestão privada na experiência do usuário.
