A United Airlines vai suspender os voos que opera entre o Aeroporto Intercontinental George Bush, em Houston, EUA, e o Aeroporto Internacional José Martí, em Havana, Cuba, a partir de 2 de setembro, decisão que surge depois do presidente Donald Trump ter revertido as políticas da anterior administração dos EUA, que flexibilizou as restrições de viagens entre os dois países.
De acordo com o portal Simple Flying, a suspensão dos voos entre os EUA e Cuba já terá sido comunicada pela United Airlines ao Departamento de Transportes dos EUA e surge depois do presidente Donald Trump ter assinado, a 30 de junho, um Memorando Presidencial de Segurança Nacional que prevê a intenção de “restaurar e fortalecer” a posição do governo dos EUA contra Cuba.
A reversão da flexibilização das viagens entre os EUA e Cuba levou agora a United Airlines a decidir suspender a rota, que conta com voos diários entre Houston e Havana, operados em aviões Boeing 737-800.
A administração norte-america justifica a reversão da flexibilização das viagens com a intenção de “responsabilizar o governo cubano” e exigir reformas significativas em troca de medidas mais brandas.
O portal Simple Flying nota, contudo, que a United Airlines optou por suspender a rota, em vez de a cancelar, deixando mesmo no ar a hipótese das ligações aéreas serem retomadas no próximo verão, caso as condições melhorem.
Recorde-se que, em 2016, durante a presidência de Barak Obama, houve uma aproximação entre os dois países, o que levou a United Airlines a abrir voos para Cuba logo nesse ano, assim como fizeram as também companhias norte-americanas American Airlines e JetBlue, terminando com um interregno de voos entre os dois países que durou mais de 50 anos.
Com a pandemia, as operações foram interrompidas e só regressaram em novembro de 2022, com dois voos diários para Havana, à partida de Houston e também de Newark, numa operação que acabou, mais tarde, por ser reduzida aos atuais voos diários desde Houston e que vai agora ser suspensa.



