A Marriott International registrou um crescimento global de 0,5% na receita por quarto disponível (RevPAR) no terceiro trimestre, prejudicado por uma queda de 0,4% no RevPAR nos EUA e Canadá, que a empresa atribuiu à “menor demanda nas categorias de hotéis mais baratos” e à redução das viagens governamentais.
“A ligeira queda na receita por quarto disponível (RevPAR) nos EUA e no Canadá foi impulsionada pelo declínio nas marcas de serviço seletivo, o que compensou os bons ganhos no segmento de luxo”, disse o CEO da Marriott, Anthony Capuano, durante uma teleconferência com analistas na terça-feira.
De fato, o segmento de luxo da Marriott continuou demonstrando resiliência durante o trimestre, graças à forte demanda e ao bom desempenho das tarifas. Globalmente, a receita por quarto disponível (RevPAR) do segmento de luxo da Marriott cresceu 4% no terceiro trimestre, e Capuano classificou esse aumento como “uma demonstração bastante poderosa da força e do apetite desse consumidor de luxo”.
Capuano acrescentou que o portfólio do grupo está “bem posicionado para se beneficiar do desempenho superior no segmento de luxo”. Cerca de 10% dos quartos da Marriott pertencem ao segmento de luxo e 42% ao segmento premium de serviço completo em nível global, afirmou ele.
Ao analisar os dados por segmentos de demanda, Capuano informou que o RevPAR global para viajantes a lazer aumentou 1%, enquanto o RevPAR para viajantes a negócios permaneceu estável e o RevPAR para grupos diminuiu 2%.
O fraco desempenho da empresa na América do Norte foi impulsionado por resultados internacionais mais fortes. O RevPAR internacional do trimestre aumentou 2,6%, liderado pela região Ásia-Pacífico. A Ásia-Pacífico, excluindo a China, registrou um crescimento de quase 5% no RevPAR, impulsionado pela força em mercados-chave como Japão, Austrália e Vietnã, bem como por um “forte crescimento da diária média e maior demanda de viajantes internacionais, particularmente da Grande China e da Europa”.
No trimestre, a Marriott reportou um EBITDA ajustado de US$ 1,35 bilhão, um aumento em relação aos US$ 1,23 bilhão do mesmo período do ano passado. A receita total do terceiro trimestre foi de US$ 6,49 bilhões, contra US$ 6,26 bilhões no ano anterior.
A empresa manteve sua previsão de crescimento do RevPAR para o ano todo, de 1,5% a 2,5% globalmente.



