A aprovação do aumento da alíquota do ICMS pela Assembleia Legislativa de Alagoas caiu como uma bomba sobre o setor produtivo do estado. A medida, que amplia a carga tributária sobre produtos e serviços essenciais, foi recebida com indignação por empresários, comerciantes e trabalhadores, que já enfrentam custos elevados e queda no poder de consumo da população.
Em Arapiraca, principal polo comercial do Agreste, a reação foi imediata.
Empresários relatam revolta e sentimento de traição, sobretudo porque a cidade vive do comércio regional, atende dezenas de municípios vizinhos e depende diretamente da competitividade de preços para manter empregos e renda.
O aumento do ICMS tende a ser repassado ao consumidor final, encarecendo mercadorias, reduzindo vendas e pressionando especialmente pequenos e médios comerciantes, que já operam no limite.
A insatisfação cresce ainda mais pelo fato de um dos votos favoráveis ter sido do deputado Ricardo Nezinho, representante de Arapiraca na Assembleia.
Para empresários locais, o posicionamento do parlamentar contraria frontalmente os interesses da cidade que ele deveria defender, fortalecendo uma política arrecadatória que penaliza quem produz, gera empregos e movimenta a economia regional.
Lideranças empresariais afirmam que o voto de Ricardo Nezinho contribuiu diretamente para um aumento de impostos que sufoca o comércio, afasta investimentos e compromete o crescimento econômico de Arapiraca.
“Não dá para aceitar que um deputado eleito para representar o Agreste vote contra o próprio comércio da região”, resume um empresário local.
Com a nova alíquota, Alagoas passa a figurar entre os estados com maior carga tributária, enquanto empresários cobram responsabilidade política, sensibilidade econômica e coerência.
Em Arapiraca, o sentimento é claro: o setor produtivo está revoltado, preocupado e atento às consequências desse voto nas próximas decisões políticas.



