A Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA) divulgou, hoje, 7, dados relativos às viagens aéreas referentes ao mês de maio, onde foi registrado um cresceu 83,1%, em grande parte, por conta do regresso da procura internacional, ficando a 68,7% dos níveis pré-pandemia.
Em maio, também o tráfego doméstico assistiu a uma subida, ainda que ligeira, de 0,2% face a igual mês de 2021, com a IATA a indicar que as melhorias registadas em vários mercados permitiram “mascarar” o declínio registado no mercado chinês, onde a atividade aérea continua em níveis reduzidos devido “às restrições relacionadas com a COVID-19”. Face a igual mês de 2019, o tráfego aéreo doméstico de maio deste ano atingiu 76,7% dos níveis pré-pandemia.
Já o tráfego internacional apresentou uma tendência positiva bem mais acentuada e, em maio, cresceu 325,8% face a mês homólogo do ano passado, com a IATA a considerar que esta tendência está a ser influenciada pela “flexibilização das restrições de viagens na maior parte da Ásia”, onde a recuperação das viagens internacionais já está a acelerar, fazendo com que o tráfego internacional tenha ficado a 64,1% dos níveis de maio de 2019.
Por regiões, foi na Ásia-Pacífico que o tráfego aéreo mais subiu em maio, apresentando um crescimento de 453.3% face a igual mês do ano passado, num acréscimo que fica bem acima do registado em abril, quando o tráfego aéreo na região da Ásia-Pacífico tinha subido 295.3%. Já a capacidade aumentou 118.8% e o load factor cresceu 43,6 pontos percentuais, para 72,1%.
Na Europa, o crescimento do tráfego também foi forte em maio e chegou aos 412.3%, numa subida que foi acompanhada pelo aumento da capacidade, que subiu 221.3%, enquanto o load factor aumentou 30.1 pontos percentuais, para 80,6%, com a IATA a indicar que o impacto da guerra na Ucrânia continuou “limitado às áreas diretamente impactadas”.
O Médio Oriente assistiu igualmente a um forte crescimento do tráfego em maio, que aumentou 317,2% face a igual mês do ano passado, enquanto a capacidade subiu 115.7% e o load factor cresceu 37,1 pontos percentuais, fixando-se nos 76,8%, com a IATA a destacar que a “progressiva reabertura dos mercados asiáticos está a impulsionar o tráfego nos hubs do golfo”.
Na América do Norte, o tráfego aéreo cresceu 203.4% em maio, enquanto a capacidade aumentou 101.1% e o load factor registou uma subida de 27.1 pontos percentuais, para 80,3%, com a IATA a considerar que o levantamento das restrições, aliado à grande vontade de viajar, continuam a promover “a recuperação internacional, já que várias outras áreas de rotas estão superando os resultados de 2019”.
Na América Latina, o tráfego cresceu, em maio, 180,5%, enquanto a capacidade registou uma subida de 135.3% e o load factor aumentou 13,5 pontos percentuais, fixando-se nos 83,4%, naquela que é a ocupação mais alta entre todas as regiões pelo 20.º mês consecutivo e que tem levado mesmo, segundo a IATA, a que algumas rotas que ligam a América Latina à Europa estejam já a ultrapassar os níveis de 2019.
Já em África, o tráfego aéreo de maio cresceu 134.9%, enquanto a capacidade aumentou 78.5% e o load factor subiu 16.4 pontos percentuais, atingindo os 68.4%, naquele que, segundo a IATA, foi o load factor mais baixo entre todas as regiões.