Os aeroportos internacionais de Brasília, Guarulhos e o de Viracopos completam, em 2022, dez anos de concessão à iniciativa privada. Nesta década, os três, que são os mais movimentados do país e os responsáveis por conectar boa parte dos destinos turísticos nacionais, cresceram e ampliaram a sua presença no Brasil. Juntos, eles responderam por mais de 80% do total de passageiros que circularam pelo país de janeiro a julho deste ano, com mais de 37 milhões embarques realizados.
O alto volume de viajantes nestes aeroportos é reflexo das melhorias realizadas nos locais ao longo deste período. Como foi o caso de Viracopos, em São Paulo, que em 2016 inaugurou um novo terminal e passou a ter capacidade para atender 25 milhões de passageiros/ano, em um local moderno, que oferece ainda mais conforto e segurança aos usuários. Também foram direcionados recursos na construção de novos pátios de aeronaves, um novo edifício-garagem e uma nova via de acesso de veículos ao aeroporto. No total, foram investidos aproximadamente R$ 4,1 bilhões nas obras.
Todo o investimento realizado resultou no reconhecimento pelos passageiros. Viracopos é o aeroporto com mais títulos de “Melhor do Brasil” desde o início das concessões aeroportuárias. O aeroporto foi eleito 13 trimestres na pesquisa de passageiros da Secretaria de Aviação Civil (SAC) e, além disso, ganhou por três anos o Prêmio + Brasil, do governo federal, como Melhor Aeroporto do Brasil.
Outro aeroporto que se beneficiou com a concessão foi o de Guarulhos, também em São Paulo. Nestes 10 anos, o local ganhou um edifício garagem e um novo terminal de passageiros, que ampliou a sua capacidade. O espaço ainda contou com melhorias para aumentar o conforto e a agilidade no embarque e desembarque, como a modernização do terminal 2 e a ampliação do quantitativo de lojas e restaurantes. Em 2016, o GRU Airport foi eleito o terceiro mais pontual no mundo e, recentemente, o terminal esteve entre os cinco mais movimentados da América Latina.
Por fim, o Aeroporto de Brasília (DF) se tornou referência no modelo de concessão. O terminal da capital do país possui atualmente voos para os 26 estados e duas pistas operando simultaneamente, sendo o único aeroporto nacional a conquistar tais fatos. O local também foi escolhido 12 vezes o melhor do Brasil, de acordo com pesquisa do Ministério da Infraestrutura. A Inframerica, concessionária do terminal, prevê para os próximos anos a expansão do aeroporto, com a construção de um complexo de três empreendimentos: um shopping, um centro de logística e um espaço de entretenimento.
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Recentemente, a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) leiloou mais três blocos de aeroportos no país. Juntos, eles processam aproximadamente 15,8% do total do tráfego de passageiros do país, o equivalente a mais de 30 milhões de passageiros por ano (dados de 2019, período pré-pandemia). O Bloco SP-MS-PA-MG, liderado por Congonhas (SP) e composto ainda pelos aeroportos Campo Grande, Corumbá e Ponta Porã, no Mato Grosso do Sul (MS); Santarém, Marabá, Parauapebas e Altamira, no Pará (PA); Uberlândia, Uberaba e Montes Claros, em Minas Gerais (MG), foi arrematado pela Aena Desarollo Internacional SME SA por R$ 2,45 bilhões, com ágio de 231,02% em relação ao lance mínimo inicial de R$ 740,1 milhões.
Integrado pelos aeroportos de Campo de Marte, em São Paulo (SP) e Jacarepaguá, no Rio de Janeiro (RJ), o Bloco Aviação Geral teve como vencedor a XP Infra IV FIP EM INFRAESTRUTURA, com ágio de 0,01% em relação ao lance mínimo inicial de R$ 141,3 milhões. O bloco foi arrematado por R$ 141,4 milhões. Já o Bloco Norte II, formado pelos aeroportos de Belém (PA) e Macapá (AP), foi arrematado pelas empresas Dix e Socicam, integrantes do Consórcio Novo Norte. O grupo pagou R$ 125 milhões pelos dois aeroportos do bloco, com ágio de 119,78% em relação ao lance mínimo inicial de R$ 56,9 milhões.