Estudantes da Escola Municipal Haroldo Costa, localizada no Tabuleiro do Martins, protagonizaram nesta terça-feira (1º), uma festa de Halloween com direito à animação, desfile de fantasias, inclusão social e apresentações culturais. O objetivo da atividade foi realizar uma maior integração e interação na comunidade escolar e estimular o aprendizado de diferentes culturas e idiomas. A unidade de ensino ficou em primeiro lugar no Ideb, em relação aos anos finais do Ensino Fundamental, com 5,0 de pontuação.
Festa estimulou a integração e a interação entre a comunidade escolar e estudantes. Fotos: Hilderlan Oliveira/Ascom Semed
A maioria dos professores e coordenadoras pedagógicas estava a caráter festejando junto com os adolescentes presentes no evento. A comemoração, que acontece desde 2019, ocorreu no pátio externo, onde dezenas de estudantes participaram vestidos de vampiros, bruxas, fadas, enfermeiras sanguinárias, zumbis, noiva cadáver, entre outros personagens de terror.
Uma banda de rock alternativo composta pelos próprios estudantes também estava presente para confraternizar com os colegas. O grupo musical dublou e interpretou músicas internacionais como a “Satisfaction”, da banda The Rolling Stones. Houve também um desfile para escolher a melhor fantasia da escola, que atende mais de mil estudantes do 6º ao 9º ano.
Estudante com deficiência visual Thauane da Silva, de 13 anos e sua auxiliar de sala e professora Maria Quitéria Ferreira. Foto: Hilderlan Oliveira/Ascom Semed
Havia também alunos com necessidades especiais entre os participantes, como a Thauane da Silva, de 13 anos. Ela tem deficiência visual e estuda o 8º ano. Thauane contou que gostou muito de desfilar fantasiada.
“Gostei muito de participar. Amei me fantasiar. Eu queria ser a bruxa, mas tudo bem não ser a bruxa, porque a fantasia que desfilei foi uma homenagem a minha professora, a tia Quitéria”, frisou.
Maria Quitéria Ferreira é professora e está terminando o curso de técnico em enfermagem. Auxiliar de sala da escola desde fevereiro deste ano, Quitéria dá um suporte à adolescente Thauane. Segundo a auxiliar, o seu trabalho na escola faz com que ela aprenda de diversas maneiras.
“Estou adorando ser auxiliar de Thauane. Peguei este trabalho com o maior afinco, maior amor do mundo e estou aprendendo muito com ela. Hoje foi maravilhoso. Muito bom ver essa inclusão porque a escola está fazendo com que o ser humano se sinta igual e que não haja diferenças. É uma grande oportunidade”, afirmou.
Para a coordenadora pedagógica, Rita Maria Vasconcelos, a ação estimula a aproximação dos alunos à cultura inglesa.
“Como eles estudam esse idioma, as professoras elaboraram esse projeto que vem sendo executado há um mês, com a tradução de música, a cultura, pesquisas sobre a festa e sua tradição. A festa é a culminação de tudo isso”, explicou.
Carine de Oliveira, que é intérprete de libras há quatro anos na escola, afirmou que o halloween é um evento importante e ao mesmo tempo divertido porque além da festa, tem o estudo.
“Todo mundo se diverte, se apresenta, interage e tem mais contato com a cultura. Na escola também tem alunos cegos, surdos, e com outras deficiências que participam, desfilam. É muito bom”, ressaltou.
Outras duas estudantes também participaram do evento. Claudia Rodrigues, de 16 anos e Emilly Gabrielle, de 14 anos. Claudia foi fantasiada de noiva cadáver. Segundo ela, o evento foi muito organizado e divertido.
“É muito bom participar desse evento, gostei muito. A gente fez a decoração das mesas, foi tudo muito divertido. Fizemos competições de turma para vê quem iria ganhar. Eu tive que alugar a fantasia, dividi os adereços para poder ficar realmente parecida com uma bruxa”, contou a estudante.
Estudantes Claudia Rodrigues e Emilly Gabrielle. Fotos: Hilderlan Oliveira/Ascom Semed
Já Emilly disse que foi a primeira vez que desfilou fantasiada. “Foi divertido participar. Foi muito legal. Eu estava com muita vergonha, com muito nervosismo por defilar na frente de todo mundo, mas depois me soltei e me senti bem”, revelou.
Texto: Ascom Semed
Fotos: Hilderlan Oliveira/Ascom Semed