O presidente do Conselho das Finanças Públicas (CFP), Nazaré Costa Cabral, considera que os portugueses devem preocupar-se com as condições em que será feita a venda da TAP e com os impactos que a transação possa vir a ter para os contribuintes nacionais.
“Penso que são questões que devem começar a preocupar os portugueses, porque a empresa tem um passivo muito grande, é uma empresa que tem dívida financeira e, aliás, alguma dela vai se vencer no próximo ano, portanto é importante ver em que condições essa venda se vai materializar e os impactos que isso possa vir a ter para os contribuintes e para os portugueses”, disse Nazaré Costa Cabral.
De acordo com a responsável, que foi ouvida, hoje, 10, na Comissão de Orçamento e Finanças, no âmbito da discussão na especialidade da proposta de Orçamento do Estado para 2023 (OE2023), mostrou-se preocupada com a intenção de venda da companhia aérea, até porque ainda não são conhecidos quaisquer detalhes sobre o negócio.
“Não sabemos detalhes do que é que se pretende fazer quer na conclusão do processo de reestruturação da TAP, nem em termos de privatização da empresa, mas é evidente que a situação da TAP nos preocupa”, afirmou a presidente do CFP.
Para Nazaré Costa Cabral, a questão está em saber “como é que a empresa vai ser vendida, por que preço, em que condições e a quem”.