O mercado de viagens latino-americano registou, pelo terceiro ano consecutivo, um crescimento, com a subida das reservas brutas a chegar aos 29% e a somar 70,1 mil milhões de dólares, com destaque para o Brasil, que lidera o crescimento, avança um relatório da Phocuswright, divulgado esta segunda-feira, 18 de novembro.
“A indústria de viagens do Brasil registou um salto notável de 37%, para 21,8 mil milhões de dólares, impulsionado pela estabilidade crescente, pela diminuição dos níveis de pobreza e pela melhoria das condições económicas sob o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva”, lê-se no relatório.
Os dados da Phocuswright mostram que as companhias aéreas brasileiras, que são o maior segmento fornecedor de viagens do país, transportaram 21 milhões de passageiros internacionais, num aumento de 38% em relação ao ano anterior.
“O Brasil é um mercado de viagens dinâmico com uma presença digital crescente”, afirma Carolina Sass de Haro, diretora para América Latina e Caraíbas da Phocuswright e coautora do relatório, sublinhando que a indústria de viagens do Brasil, que é “alimentada por um aumento nas viagens internas e domésticas”, está preparada para “um crescimento contínuo”.
O relatório da Phocuswright estima também que, até 2027, o mercado de viagens da América Latina deverá experimentar uma “expansão continua”, uma vez que se projeta que as reservas brutas venham a atingir os 95,8 mil milhões de dólares dentro de dois anos, com destaque para as reservas de viagens online, cuja penetração deverá atingir os 54% até 2027.
Este relatório diz também que o “setor hoteleiro é o maior mercado fornecedor de viagens da região, respondendo por 47% de todas as reservas brutas de viagens em 2023” e que o México continua a ser o maior mercado de viagens da América Latina, representando 45% das reservas brutas de viagens em 2023.