A indústria do turismo na Europa manterá, em 2025, um crescimento moderado, com um avanço previsto entre 4% e 5% até 2028, altura em que o volume de reservas atingirá os 415 mil milhões de euros, segundo o recente relatório Europe Travel Market Report 2025 da Phocuswright.
Em 2024, a atividade turística registou um aumento de 6%, alcançando os 347 mil milhões de euros, impulsionada pela recuperação de segmentos que demoraram mais a normalizar-se após a pandemia, pelo regresso dos turistas premium da região Ásia-Pacífico e pela forte procura que combina lazer e negócios.
As chegadas internacionais cresceram 5%, em 2024, face ao ano anterior, superando pela primeira vez os níveis de 2019. Para além do contributo da Ásia-Pacífico, destacou-se a procura intraeuropeia e o bom desempenho de mercados emissores como a Alemanha, França e Reino Unido.
Apesar da inflação se ter mantido elevada em 2024, a procura resistiu graças à poupança em viagens fora de época. Para 2025, a evolução dos preços será incerta, uma vez que as taxas de sustentabilidade obrigatórias poderão encarecer os bilhetes de avião, enquanto a descida dos combustíveis poderá aliviar a pressão.
O setor enfrenta ainda desafios como a sobrecarga turística em cidades como Barcelona ou Veneza. Para responder a estes problemas, os operadores europeus estão a dar prioridade à sustentabilidade e à eficiência digital, com um papel crescente dos serviços baseados em Inteligência Artificial para melhorar a personalização.
Quanto aos canais de distribuição, as reservas online de férias e de viagens de negócios não geridas cresceram 11% em 2024, atingindo os 236 mil milhões de euros.
Estes dados indicam que a penetração digital alcançou 68% da indústria turística, sendo expectável que atinja os 74% em 2028, embora com um ritmo mais lento em segmentos que já se aproximam da saturação, como o ferroviário, o aluguer de automóveis e as companhias aéreas low cost.



