AEROPORTOS

Aena capta R$ 5,7 bilhões em financiamento para investimento em 11 aeroportos

A Aena captou R$ 5,7 bilhões em financiamento para avançar com a modernização e ampliação de 11 dos aeroportos administrados pela concessionária no país: Congonhas (São Paulo/SP), Campo Grande (MS), Ponta Porã (MS), Corumbá (MS), Santarém (PA), Marabá (PA), Carajás (PA), Altamira (PA), Uberlândia (MG), Uberaba (MG) e Montes Claros (MG). Foram R$ 5,3 bilhões com a liquidação da oferta de debêntures, não conversíveis em ações, e mais R$ 400 milhões com uma linha de financiamento do Finem (BNDES).

A emissão das debêntures está dividida em duas séries, com prazo total de 271 meses a partir da data de emissão. Esta oferta tem como investidores o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e o Banco Santander.

“Estamos muito satisfeitos com esta parceria firmada com BNDES e Santander nesta que, é agora, a maior estrutura de financiamento para infraestruturas aeroportuárias da história do Brasil. Além de fortalecer e consolidar nossa posição como maior gestor aeroportuário do mundo, cumprimos também um passo importante em nosso plano de investimentos no exterior, que é parte de nossa visão de longo prazo e componente chave de nosso plano estratégico, aprovado por nossos acionistas. Seguimos tendo o Brasil como um país estratégico para o Grupo AENA”, reforça Ignacio Castejon, Chief Financial Officer (CFO) do Grupo AENA.

Os recursos captados serão utilizados para os investimentos, principalmente da Fase 1B, da concessão de 11 aeroportos administrados pela Aena Brasil, incluindo obras de ampliação e modernização, intervenções para aumento de capacidade operacional e melhorias estruturais e de sustentabilidade.

O projeto contribuirá para geração de empregos diretos e indiretos, modernização da infraestrutura aeroportuária, ampliação da capacidade de atendimento e atração de mais turistas para as regiões atendidas, com impacto positivo na renda das famílias e na economia local. Além disso, práticas de gestão ambiental serão implementadas para reduzir impactos como emissão de gases poluentes e consumo de água.

Nessa fase, estão os principais investimentos da concessão. O prazo para a conclusão é junho de 2028, no caso do Aeroporto de Congonhas, e junho de 2026, para os demais aeroportos.

O maior volume de investimentos (R$ 2 bilhões) será realizado no Aeroporto de Congonhas, que vai ganhar um novo terminal de passageiros, com mais que o dobro do tamanho atual, passando de 40 mil m² para 105 mil m². O pátio de aeronaves também será ampliado, com melhorias na eficiência operacional. O aeroporto contará com mais pontes de embarque, que passarão de 12 para 19.  Já a área comercial terá mais de 20 mil m².

“Este financiamento representa um marco relevante para a nossa atuação no país. Com esses recursos, vamos avançar em obras e melhorias essenciais, garantindo aeroportos mais modernos, eficientes, seguros e confortáveis. Nosso compromisso é entregar uma infraestrutura que atenda os passageiros e que apoie o crescimento das regiões onde estamos presentes”, afirma Santiago Yus, diretor-presidente da Aena Brasil.

 “O apoio do BNDES é resultado da determinação do governo do presidente Lula de ampliar o número de passageiros nos aeroportos do país, garantindo a qualidade do atendimento e o conforto, tendo em vista que o número vem crescendo com a expansão sustentada da economia. Em 2024, os 11 aeroportos movimentaram 27,5 milhões de pessoas, representando 12,8% do total de passageiros nos aeroportos brasileiros”, explica o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.

“Esses investimentos de mais de R$ 4 bilhões são uma ótima notícia e vêm se somar a outras iniciativas do governo federal, como o Fundo Nacional da Aviação Civil (FNAC), o programa de debêntures incentivadas e os incentivos fiscais do REID. Junto com o BNDES, estamos empenhados em incentivar o desenvolvimento da aviação brasileira e o fortalecimento da infraestrutura aeroportuária”, afirmou o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho.

O financiamento foi modelado pelo BNDES como um project finance non recourse, em que o pagamento é feito com o fluxo de receitas do projeto. Por meio de um mecanismo financeiro inovador estruturado pelo BNDES, após a conclusão das obras, a Aena poderá refinanciar a dívida em condições potencialmente melhores, com a mudança no custo financeiro (repricing). Esse mecanismo, ao mesmo tempo que permite potencial redução do custo da dívida, elimina totalmente o chamado risco de rolagem e garante o funding de longo prazo do projeto, beneficiando o projeto, os usuários e os investidores. 

“Além do volume financeiro relevante, essa operação conta com uma estrutura inovadora, com opção de repricing, em condições específicas, desenvolvidos pelas equipes Aena, BNDES e Santander, muito importante para os retornos adequados de nosso projeto”, ressaltou Rodrigo Rosa, Diretor Econômico-Financeiro (CFO) da Aena Brasil.

“É motivo de grande orgulho para o Santander ter atuado como Assessor Financeiro Exclusivo da Aena e Coordenador Líder dessa captação, em parceria com o BNDES, além de apoiá-los na obtenção do rating AAA (escala nacional) pela Moody’s. A combinação entre as debêntures e o Finem do BNDES, em uma estrutura non-recourse e com um inovador mecanismo de reajuste automático (repricing), garante capital de longo prazo para ampliar, modernizar e tornar mais sustentáveis os 11 aeroportos do bloco SP/MS/PA/MG”, comentou Renato Ejnisman, Vice-Presidente do Santander Corporate & Investment Banking.

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